Sarau Jacarehyense

Criei esse blog para ser um ponto de encontro entre os literatos de Jacareí e região. Esse espaço está aberto as pessoas dos mais diversos segmentos como: escritores, artistas plásticos, fotógrafos, atores, enfim todos que usem seus dons como ferramentas para a construção de um mundo melhor em todos os sentidos, comprometidas com uma real expansão cultural, plena em respeito, dignidade, Paz e amor incondicional ao próximo e a Mãe Terra. SEJAM TODOS BEM VINDOS AO SARAU!!!!

1 de setembro de 2015


Postado por Sandra Hasmann... às 10:57 Nenhum comentário:
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Academia Jacarehyense de Letras

Academia Jacarehyense de Letras
...Onde ocupo a cadeira 19.

Com os colegas Acadêmicos

Com os colegas Acadêmicos

Bastante glamour em homenagem ao primeiro aniversário do nosso Jornal SEM FRONTEIRAS...

Bastante  glamour em homenagem ao primeiro aniversário do nosso Jornal SEM FRONTEIRAS...

SEM FRONTEIRAS PELO MUNDO

SEM FRONTEIRAS PELO MUNDO
Em Sta Catarina, no lançamento dessa maravilhosa coletânea da qual participei, ao lado de Dyandreia Portugal

Cantinho feminino...

Cantinho feminino...
...Em estilo Provençal... Lindo!

Livros...

Livros...
Perfeitos até na decoração, e nesse caso, sempre à mão...

Uma obra de amor...

Uma obra de amor...
Tive a honra e o privilégio de escrever o posfacio desse livro que foi editado na Estônia, em inglês, português e estoniano, e que narra as memórias do Barão Peter von Glehn, meu padrinho... Ao lado, uma mensagem que recebi do Governador de Nömm, onde o livro foi editado, e onde fica o castelo Glehn.

Seguidores


Em ritmo de festa...

Em ritmo de festa...
Com Ronald, nossa filha Paty e a querida amiga Sonia Ferraz, presidente da Fundação Cultural de Jacareí, no lançamento do PORTAL SEM FRONTEIRAS em SP

Na comemoração dos 4 anos do selo PINGO DE LETRA, da Ed. Scortecci

Na comemoração dos 4 anos do selo PINGO DE LETRA, da Ed. Scortecci
Ao lado de João Scortecci, Marisa Miras, Ricardo Ramos (escritor, neto de Graciliano Ramos) e sua mãe Eloisa.

Lançamento na Bienal 2014...

Lançamento na Bienal 2014...
Na Bienal de São Paulo 2014, lançando meu livro CARINA, A PRINCESA QUE NÃO PODIA ANDAR...

Recebendo o Premio EXCELÊNCIA CULTURAL ABD 2013...

Recebendo o Premio EXCELÊNCIA CULTURAL ABD 2013...
...No Palacete Laguna, no RJ, em abril de 2014

Recebendo o troféu COLUNISTA SEM FRONTEIRAS

Recebendo o troféu COLUNISTA SEM FRONTEIRAS

Tela "A Escritora e a pena"...

Tela "A Escritora e a pena"...
...Minha mais recente produção, a qual doei à Academia Jacarehyense de Letras.

Concurso ARTE E IMAGEM

Concurso ARTE E IMAGEM
Recebendo Menção Honrosa da colega Arlete Trentini, pelo poema ILUSÕES

Na Bienal do Livro de SP 2014...

Na Bienal do Livro de SP 2014...
Com a querida "Sherazade" Raquel Barcha

Na Academia Brasileira de Letras...

Na Academia Brasileira de Letras...

Qdo abro um livro...

Qdo abro um livro...
...Abro uma janela para o infinito...

No meu habitat natural...Rs*

No meu habitat natural...Rs*

QUEM SOU EU:

Minha foto
Sandra Hasmann...
Antes de tudo uma mulher consciente acerca de meu papel no mundo, na sociedade e no lar. Life/Executive Coach, Consultora de Imagem, especializada em Marketing/Etiqueta Pessoal e Empresarial; Terapeuta Naturóloga; Escritora, membro da Academia Jacarehyense de Letras (Cadeira 19) e Artista plástica . Também ministro cursos, workshops, palestras e treinamentos sobre os temas acima mencionados.
Ver meu perfil completo

Com o ilustríssimo Evanildo Bechara

Com o ilustríssimo Evanildo Bechara
Evanildo Bechara, membro da Academia Brasileira de Letras, que tão gentilmente nos recebeu para uma reunião onde as tônicas foram muuuuita cultura, aprendizado e descontração . Um verdadeiro Mestre!

Com Ricardina Yone...

Com Ricardina Yone...
Com a ilustre - e maravilhosa!- Ricardina Yone, presidente da Sociedade Brasileira de Filosofia, e Secretaria-Geral da Academia Brasileira de Letras (entre outros títulos...) . Um privilegio poder merecer um cadinho de sua carinhosa atenção e um exemplar de seu livro "Rosário de Poemas"...

" Seríamos piores do que somos sem os bons livros que lemos , mais
conformistas , menos inquietos e insubmissos , e o espírito crítico, o
motor do progresso, nem sequer existiria. A exemplo de escrever , ler é
protestar contra as insuficiências da vida . "

(Mario Vargas Llosa , na
entrega do Nobel
da Literatura, 2010)

Descansar a cabeça sobre velhos livros...

Descansar a cabeça sobre velhos livros...
... absorvendo cada historia, cada mágico momento, cada grande lição... Sonho!

A MAÇÃ QUE GUARDO NA BOCA.

A MAÇÃ QUE GUARDO NA BOCA.
É o título do novo livro de João Scortecci.

Com Salette Granato, Paulo Ramos, João Scortecci e equipe...

Com Salette Granato, Paulo Ramos, João Scortecci e equipe...
No lançamento do Espaço Scortecci


Recebendo o Premio Destaque Poético ALAF 2013

Uma "prosinha" com Sartre...

Uma "prosinha" com Sartre...
... No Museu Grévin‎, em Paris

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Com Drummond...

Com Drummond...
Eu e meu marido Ronald com "nosso amigo" Drummond"...
Blog Ebooks Grátis



BONS LIVROS...

  • A BÍBLIA SAGRADA
  • A GUERRA NA SOMBRA DO POETA - de Salette Granato
  • A MONTANHA MAGICA - de Thomas Mann
  • A SOMBRA DO VENTO - de Carlos Ruiz Zafón
  • A VIDA SECRETA DAS PLANTAS - de Peter Tompkins e Christopher Bird
  • AMOR CIGANO - de Luiz Carlos Carneiro
  • ATRAVESSANDO - de John Grinder e Richard Bandler
  • CANÇAO DO SONHO ACABADO E OUTROS POEMAS - de Helenita Scherma
  • CEM ANOS DE SOLIDÃO - de Gabriel Garcia Marquez
  • COLETÂNEA DA ACADEMIA JACAREHYENSE DE LETRAS
  • CONSPIRAÇÃO AQUARIANA - de Marilyn Ferguson
  • CONVERSANDO COM DEUS - de Leale Donald Walsch (o professor de "O Segredo")
  • ELAS PINTAM, ELAS PENSAM - Coletânea da Ed. Literarte ( Participação de Sandra Hasmann)
  • EUGÉNIE GRANDET - de Honoré de Balzac
  • GABRIELA CRAVO E CANELA / DONA FLOR E SEUS DOISMARIDOS/ TEREZA BATISTA CANSADA DE GUERRA / CAPITÃES DE AREIA / MAR MORTO / TERRAS DO SEM FIM - Todos de Jorge Amado
  • GUIA POLITICAMENTE INCORRETO DA HISTÓRIA DO BRASIL - de Leandro Narloch
  • INCIDENTE EM ANTARES - de Erico Veríssimo
  • jacareí - quotidiano e sociedade, de 1840 a 1870 - de Ana Luíza do Patrocínio
  • LABIRINTO - de Kate Mosse
  • LIVRO DE UMA SOGRA - de Aluizio Azevedo
  • MELHORES POEMAS - de Cora Coralina
  • MENTES ANSIOSAS - de Ana Beatriz Barbosa Silva
  • MENTES PERIGOSAS - de Ana Beatriz Barbosa Silva
  • MIL FACES - de Rita Emília Máximo de Almeida
  • MINHA VIDA - Charles Chaplin
  • MINHAS VIDAS 0 de Shirley Mac Laine
  • MULHER - de Malcolm Montgomery
  • MULHER POR CONTA PROPRIA - de Susan Witting Albert
  • O CIPRESTE NO JARDIM - de Bhagwan Shree Rajneesh
  • O LIVRO DA BRUXA - de Paulo Roberto Lopes
  • O MAIS PURO AMOR - de Luiz Carlos Carneiro
  • O PEREGRINO - de Luiz Carlos Carneiro
  • O SEGREDO DO ANEL - de Kathlen McGowan
  • TALVEZ NÃO TENHA VIVIDO EM VÃO - de Fabio Cyrino

LISTA DE LINKS

  • A DOR DE UM SILENCIO
  • ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS
  • Academia Jacarehyense de Letras
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  • Arnaldo Antunes
  • Biblioteca DOMÍNIO PÚBLICO
  • Biografias
  • Blog da escritora HELENITA SCHERMA
  • Blog MEIA PALAVRA
  • CARINHO (D)ESCRITO EM PALAVRAS
  • CASA DAS ROSAS
  • Concursos Literários
  • CRONOPIOS - site com ótimas informações sobre Literatura
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  • INFORMAÇÕES SOBRE COMO REGISTRAR TEXTOS NA BIBLIOTECA NACIONAL
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  • Rascunhos da ROGOLDONI
  • RECANTO DAS LETRAS
  • RELEITURAS
  • Salette Granato
  • Textos para reflexão
  • VISTA-SE DE POESIAS

____________________________________________

Canção na Janela (Lya Luft)

Há pouco emergi
da mornidão do sono.
Pensei flutuar:
onde termina minha vida
e começa o mar?
Tudo ao meu redor são dois
cristais reverberando.

Meu destino me contempla
indagador:
nesta imensidão
sou um capim perfumado
que balança, a um tempo
susto e chamamento
-pronta para me desfazer
em outra alma.

________________________________________
POESIA DA FELICIDADE - (Fernando Pessoa)


















"Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o! "



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CECÍLIA MEIRELES
Cecília Meireles

"Nasci aqui mesmo no Rio de Janeiro, três meses depois da morte de meu pai, e perdi minha mãe antes dos três anos. Essas e outras mortes ocorridas na família acarretaram muitos contratempos materiais, mas, ao mesmo tempo, me deram, desde pequenina, uma tal intimidade com a Morte que docemente aprendi essas relações entre o Efêmero e o Eterno.

(...) Em toda a vida, nunca me esforcei por ganhar nem me espantei por perder. A noção ou o sentimento da transitoriedade de tudo é o fundamento mesmo da minha personalidade.

(...) Minha infância de menina sozinha deu-me duas coisas que parecem negativas, e foram sempre positivas para mim: silêncio e solidão. Essa foi sempre a área de minha vida. Área mágica, onde os caleidoscópios inventaram fabulosos mundos geométricos, onde os relógios revelaram o segredo do seu mecanismo, e as bonecas o jogo do seu olhar. Mais tarde foi nessa área que os livros se abriram, e deixaram sair suas realidades e seus sonhos, em combinação tão harmoniosa que até hoje não compreendo como se possa estabelecer uma separação entre esses dois tempos de vida, unidos como os fios de um pano." - Cecília Meireles -

Como se Morre de VelhiceComo se morre de velhice
ou de acidente ou de doença,
morro, Senhor, de indiferença.

Da indiferença deste mundo
onde o que se sente e se pensa
não tem eco, na ausência imensa.

Na ausência, areia movediça
onde se escreve igual sentença
para o que é vencido e o que vença.

Salva-me, Senhor, do horizonte
sem estímulo ou recompensa
onde o amor equivale à ofensa.

De boca amarga e de alma triste
sinto a minha própria presença
num céu de loucura suspensa.

(Já não se morre de velhice
nem de acidente nem de doença,
mas, Senhor, só de indiferença.)

Cecília Meireles, in 'Poemas (1957)'



Dois poemas de cecília Meireles...

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MARIO QUINTANA



As grandes damas usavam grandes chapéus, cheios de flores e de passarinhos.
As flores feneceram, porque até as flores artificiais fenecem.
Os passarinhos voaram e foram pousar nos últimos parques, onde iludem agora os seus últimos freqüentadores.
Sim! As grandes damas usavam grandes chapéus...
Eram cheios de flores e de passarinhos!

Mario Quintana - Esconderijos do Tempo



Relógio do Coração
Mario Quintana

Há tempos em nossa vida que contam de forma diferente.
Há semanas que duraram anos, como há anos que não contaram um dia.
Há paixões que foram eternas, como há amigos que passaram céleres, apesar do calendário nos mostrar que ficaram por anos em nossas agendas.
Há amores não realizados que deixaram olhares de meses, e beijos não dados que até hoje esperam o desfecho.
Há trabalhos que nos tomaram décadas de nosso tempo na Terra, mas que nossa memória insiste em contá-los como semanas.
E há casamentos que, ao olhar para trás, mal preenchem os feriados da folhinha.
Há tristezas que nos paralisaram por meses, mas que hoje, passados os dias difíceis, mal guardamos lembrança de horas.
Há eventos que marcaram, e que duram para sempreo nascimento do filho, a morte da avó, a viagem inesquecível, o êxtase do sonho realizado.
Estes têm a duração que nos ensina o significado da palavra “eternidade”.
Já viajei para a mesma cidade uma centena de vezes, e na maioria das vezes o tempo transcorrido foi o mesmo.
Mas conforme meu espírito, houve viagem que não teve fim até hoje, como há percurso que nem me lembro de ter feito, tão feliz estava eu na ocasião.
O relógio do coração hoje descubro, bate noutra freqüência daquele que carrego no pulso.
Marca um tempo diferente, de emoções que perduram e que mostram o verdadeiro tempo da gente.
Por este relógio, velhice é coisa de quem não conseguiu esticar o tempo que temos no mundo.
É olhar as rugas e não perceber a maturidade.
É pensar antes naquilo que não foi feito, ao invés de se alegrar e sorrir com as lembranças do que viveu.
Pense nisso.
E consulte sempre o relógio do coração: ele lhe mostrará o verdadeiro tempo do mundo.

MARIO QUINTANA

DAS UTOPIAS

Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos se não fora
A mágica presença das estrelas!

Mario Quintana
- Espelho Mágico

POEMINHO DO CONTRA

Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passarinho!

Mario Quintana

O SILÊNCIO

Convivência entre o poeta e o leitor, só no silêncio da leitura a sós. A sós, os dois. Isto é, livro e leitor. Este não quer saber de terceiros, n ão quer que interpretem, que cantem, que dancem um poema. O verdadeiro amador de poemas ama em silêncio...

Mario Quintana - A vaca e o hipogrifo

EU ESCREVI UM POEMA TRISTE

Eu escrevi um poema triste
E belo, apenas da sua tristeza.
Não vem de ti essa tristeza
Mas das mudanças do Tempo,
Que ora nos traz esperanças
Ora nos dá incerteza...
Nem importa, ao velho Tempo,
Que sejas fiel ou infiel...
Eu fico, junto à correnteza,
Olhando as horas tão breves...
E das cartas que me escreves
Faço barcos de papel!

Mario Quintana - A Cor do Invisível

Os melhores poemas de Manuel Bandeira, de Org. Francisco de Assis Barbosa


Obra organizada em 1984 reúne os poemas mais expressivos de Manuel Bandeira.

Em toda a sua trajetória poética Manuel Bandeira nos mostra a preocupação com a constante busca por novas formas de expressão.

A principal característica da obra de Bandeira é, sem sobra de dúvidas, o emprego do verso livre. No entanto, isso não significa que Bandeira não fizesse uso das formas fixas. Nas suas últimas obras ele utilizou-se muito da forma mais clássica de todas: o soneto.

Os versos livres de Bandeira sempre foram escritos sem preocupações. Ele não gostava de modificar nada. Até mesmo, segundo o próprio poeta, o poema "Vou me embora para Pasárgada" foi escrito dessa forma.

Os principais temas de seus poemas foram: solidão, dor e o medo da morte. O cotidiano de Santa Tereza, local onde morava, era constantemente transformado em crônicas.

Explorava os elementos sensoriais (visão, audição, tato, olfato, gustação) de forma que se ressaltava em seus poemas.

Herdeiro da musicalidade simbolista, sempre se preocupou com a sonoridade, harmônica ou dissonante, dando um efeito mais agressivo a quaisquer temas.

Nos textos eminentemente sensuais, nota-se a linguagem coloquial, anti-retórica, despojada, a grandiloqüência, as metáforas arrojadas, muito usadas por poetas como Castro Alves e Olavo Bilac.

Poemas escolhidos

INGÊNUO ENLEIO

Ingênuo enleio de surpresa,
Sutil afago em meus sentidos,
Foi para mim tua beleza,
A tua voz nos meus ouvidos.

Ao pé de ti, do mal antigo
Meu triste ser convalesceu.
Então me fiz teu grande amigo,
E teu afeto se me deu.

Mas o teu corpo tinha a graça
Das aves...Musical adejo...
Vela no mar que freme e passa...
E assim nasceu o meu desejo.

Depois, momento por momento,
Eu conheci teu coração.
E se mudou meu sentimento
Em doce e grave adoração.


O IMPOSSÍVEL CARINHO

Escuta, eu não quero contar-te o meu desejo
Quero apenas contar-te a minha ternura
Ah se em troca de tanta felicidade que me dás
Eu te pudesse repor
- Eu soubesse repor -
No coração despedaçado
As mais puras alegrias de tua infância!


TEMA E VOLTAS

Mas para quê
tanto sofrimento,
se nos céus há o lento
deslizar da noite?
Mas para quê
tanto sofrimento,
se lá fora o vento
é um canto na noite?
Mas para quê
tanto sofrimento,
se agora, ao relento,
cheira a flor da noite?
Mas para quê
tanto sofrimento,
se o meu pensamento
é livre na noite?

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