27 de dezembro de 2012



Redenção


Amigos, ontem assisti um filme que levou-me às lágrimas e, acima de tudo, a uma profunda reflexão...

Baseado em uma história real, Gerard Butler interpreta Sam Childers, um ex presidiário, viciado em drogas, pai de uma menina pequena e casado com uma stripper, igualmente viciada. Sai da cadeia com o caráter pouco restabelecido e procura a mesma vida marginal. Enquanto esteve na cadeia, sua esposa, Lynn, interpretada por Michele Monaghan, passa a frequentar uma igreja evangélica e consegue vencer o vício e abandonar o trabalho como stripper. Sam Childers, cansado de uma vida inteira de crimes, passa a frequentar a igreja, até mesmo intrigado pelo bem que fizeram a Lynn e sua filha.


O filme toma uma proporção que vai muito além da história da evangelização de um homem. Sam transforma-se em um novo homem. Refaz sua vida profissional, dedica-se a igreja e com o passar do tempo envereda-se em trabalhos voluntários na África. A princípio, construindo casas em Uganda. A partir do que seria uma curta estadia, Sam conhece o Sudão e tem um contato muito sensível ao drama de tantas famílias, destroçadas pela guerra civil que visa o controle político-religioso da região.

Esse contato passa a ser a motivação de sua existência e inicia-se um longo trabalho construindo abrigos para os órfãos da guerra, levando alimentação e lazer para as crianças mutiladas, estupradas e vitimadas pela crueldade do seu próprio povo. Sam torna-se pastor na Pensilvânia e, apoiado por sua família, mobiliza todos os seus recursos para ajudar o Sudão. Fica popular na Árica, conhecido como o Pastor Branco e passa a atuar militarmente, na luta daqueles que se tornaram o seu povo.

O filme aborda de forma bastante dolorida os conflitos da humanidade. Os conflitos de raças, de poder, os religiosos e principalmente, aqueles que temos interiormente. O personagem é um anti-herói, criminoso, viciado. Um homem com uma vida tortuosa, repleta de erros. Um homem que tem dois caminhos: culpar-se pelo mal que já havia praticado ou  lutar pelo bem dos que sofrem. Ele faz a escolha de renovar sua vida através do trabalho pelo próximo, abandonando a culpa e o olhar pejorativo sobre o seu passado.

A mudança que ele consegue realizar na África nada mais é do que a extensão de sua transformação interior, conquistada por meio do evangelho e do amor ao próximo. O personagem edifica e se torna pastor de uma igreja dentro do seu próprio bairro, onde as pessoas conheciam sua história, seus erros e seus crimes. Mesmo assim, teve coragem de se expor por um bem maior.


O filme ilustra uma frase de Paulo de Tarso “Fé sem obras é fé morta”. Sam e toda a sua história vivenciam esse ensinamento de forma muito visceral. É um filme sobre reforma íntima, é um filme sobre transformação de uma vida, sobre merecer e dar-se uma segunda chance todos os dias. Mas acima de tudo, é um filme sobre o amor. Amor a Deus. Amor ao próximo e amor a nós mesmos.

Recomendo.....Redenção.

Assista o trailler. Vale a pena!


Vejam abaixo foto do verdadeiro Sam e um pouco mais de sua história...


“PASTOR METRALHADORA”: OBRA MISSIONÁRIA E CINEMA (SEM OSCAR)




Em 1998, Sam chegou na aldeia de Yei, Sul do Sudão. A nação Africana estava no meio de sua Segunda Guerra do Sudão, e Sam, enviado pelo seu Pastor dos EUA, tinha reunido um grupo missionário para ajudar a reparar os danos nas cabanas durante o conflito. Durante esta tarefa Sam presenciou uma criança ser no dilacerada ao meio por uma mina terrestre. Ele caiu de joelhos sobre o corpo da criança, e chorando, fez uma promessa a Deus de que faria tudo que fosse preciso para ajudar o povo do Sudão.

UMA MENSAGEM DE DEUS
Sam voltou ao Sudão alguns meses depois trazendo uma clínica médica móvel. Para cumprir sua promessa ele se aventurou por todo o país, da cidade de Yei para as aldeias do leste de Boma. Ao passar pela aldeia de Nimule, na fronteira com Uganda, Deus lhe falou ao coração: “Eu quero que você construa um orfanato para minhas crianças. E eu quero que você construa esse orfanato aqui.”

TORNANDO A VISÃO REALIDADE
As pessoas do local diziam que Sam era louco. Na época, o Exército de Resistência, uma milícia rebelde brutal que havia seqüestrado 30 mil crianças e matado centenas de milhares de moradores, estavam devastando a área. Mas Sam foi categórico: Deus me mandou construir o orfanato em Nimule e é exatamente aí que eu irei construí-lo. Sam retornou aos EUA, vendeu sua firma de construção e enviou todo o dinheiro para a África.

Lentamente, o orfanato começou a tomar forma. Durante o dia, Sam desmatava o terreno e construia as cabanas que abrigariam as crianças. Durante a noite, ele dormia debaixo de um mosquiteiro pendurado a uma árvore: Bíblia numa mão, e metralhadora AK47 na outra.

Enquanto isso, na Pensilvânia, a filha de Lynn e esposa Sam Paige travaram uma batalha própria. O carro da família foi tomado por falta de pagamento e um aviso para a toma de sua casa foi dado. Sam tinha dinheiro suficiente para, ou pagar a dívida hipotecária ou terminar o orfanato. Como o dinheiro não dava para pagar os dois Sam então enviou todo o dinheiro para o projeto do orfanato na África.

Com o orfanato terminado, Sam começou a liderar missões armadas para resgatar as crianças do LRA. O grupo que capturava crianças para usa-las como escravos e escravas sexuais. Sam libertava as crianças do cativeiro e as trazia para o orfanato. Não demorou muito para que sua fama corresse e os terroristas começaram a chamá-lo de “The Machine Gun Preacher” ou, o pastor metralhadora...
(Fonte: http://www.pulpitocristao.com/2012/04/o-pastor-metralhadora/)

4 de dezembro de 2012

NATAL
 
 
          - Por Sandra Hasmann -
 
No Natal eu libero a criança
Que vive dentro do meu peito;
No Natal eu me atrevo a crer
Num mundo mais justo e perfeito.
 
Papai Noel existe!!
Não matemos essa ilusão,
Pois com ela a criança resiste
Mesmo quando lhe falta o pão...
 
Na palma da mão o universo,
Nos olhinhos o brilho do sol,
Na cabecinha mil sonhos
Boneca, bola de futebol...
 
Renasça Jesus menino
No aconchego do teu  lar,
Trazendo na Nave Estrela
Muita Paz e  amor para dar..
 
Dedico essa oração-poema
A todas as crianças do mundo,
Que merecem dos que já cresceram
Respeito e carinho profundo...
 
_________________________________
 
A todos voces que,  no decorrer do ano que se finda, prestigiaram meu blog com tão preciosa atenção,
meus sinceros agradecimentos e votos de que, nesse 2013 que já desponta no horizonte, possamos dar continuidade a essa  parceria, nessa  maravilhosa jornada chamada VIDA .
 
FELIZ NATAL!!
 
FELIZ ANO NOVO!!!

Na PAZ do Senhor,

Sandra Hasmann

 



2 de dezembro de 2012

DÉCIO PIGNATARI



*Morreu de insuficiência respiratória neste domingo (2) o poeta paulista Décio Pignatari, aos 85 anos. Ele estava internado desde sexta-feira (30), no Hospital Universitário de São Paulo, e faleceu por volta das 9h da manhã, segundo a assessoria do hospital. Ele também sofria de Mal de Alzheimer, informou o hospital.

"Vivo em função da obra e, por destino, ou por propósito, tenho que realizá-la. Então, é um jogo contínuo, que já dura décadas e décadas, entre tentar viver e tentar fazer a obra. Uma obra que eu me proponho a fazer no sentido de inovação. Não é inovar a obra. Meu reinado é o mundo da linguagem, verbal e não-verbal. Quero tentar colocar a literatura e o pensamento do Brasil em nível internacional. Quero o Brasil internacional, como o futebol é. Sem medo de encarar ninguém. Sou contra os nacionalismos estreitos".

Décio Pignatari
 


Nasceu em 20/08/1927, em Jundiaí, SP. Advogado, publicitário, professor, tradutor, ensaísta e, principalmente poeta. Seus primeros poemas - Noviciado e Unha e carne - trabalhos - foram publicados na Revista Brasileira de Poesia, em 1949. Mas já nos anos 1950, realizava experiências com a linguagem poética, incorporando recursos visuais e a fragmentação das palavras. Tais aventuras verbais culminaram no Concretismo, movimento estético literário, que fundou junto com os irmãos Augusto e Haroldo de Campos, com quem editou as revistas "Noigandres" e "Invenção".
 
Entre 1956 e 1957 participou do lançamento oficial da Poesia Concreta na 1º Exposição Nacional de Arte Concreta, no MAN/SP e no saguão do MEC/RJ, e em 1958 lançou, junto com os irmãos Campos, o Plano-piloto para Poesia Concreta no nº 4 da revista Nogrande. Para consolidar o movimento, viria mais tarde a Teoria da poesia concreta (1965).
 
Como teórico da comunicação, traduziu obras de Marshall McLuhan e publicou o ensaio Informação, Linguagem e Comunicação (1968). Sua obra poética inclui os livros Carossel (1950); Exercício findo (1958); Poesia pois é Poesia, 1950-1975). Poesia pois é poesia (1977); Poetc, 1976-1986 (1986).
 
 Foi um dos criadores da editora e da revista Invenção, lançada em 1962 como veículo da Poesia Concreta. Em 1964 lançou o Manifesto do Poema-Código ou Semiótico, com Luiz Angelo Pinto. Foi membro-fundador da Associação Internacional de Semiótica, em Paris (França), em 1969.
 
Nas décadas de 1980 e 1990 colaborou em vários periódicos, entre os quais a Folha de S. Paulo, e foi professor de Semiótica e Comunicação da FAU/USP. Como tradutor, publicou Dante Alighieri, Goethe e Shakespeare, entre outros, reunidas em Retrato do Amor quando Jovem (1990) e 231 poemas. Publicou também o volume de contos O Rosto da Memória (1988) e o romance Panteros (1992), além de uma obra para o teatro, Céu de Lona.
 
 No final da década de 1990 cansou da agitação de São Paulo e mudou-se para Curitiba em busca de uma vida mais harmoniosa com a poesia. Seu lançamento mais recente é Bili com limão verde na mão (2009).
 


O CONCRETISMO

LUXO LUXO LUXO LUXO LUXOLUXOLUXO
LUXO LUXO LUXO LUXO LUXOLUXOLUXO
LUXO LUXO LUXO LUXO LUXO
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LUXOLUXO LUXO LUXOLUXO LUXOLUXOLUXO
LUXOLUXO LUXO LUXO LUXO LUXOLUXOLUXO
(Décio Pgnatari)

Tem como marco inicial a publicação da revista “Noigandes” e como principais representantes os escritores paulistas Décio Pignatari, Haroldo de Campos e Augusto de Campos.

Características:
- Propunha incorporar, à poesia, os signos da sociedade moderna, aliando a observação dos aspectos formais e a observação crítica da realidade.
- Determina uma ruptura radical com o lirismo: a poesia intimista deveria ser substituída pela concretude das palavras, utilizadas no seu aspecto verbi-voco-visual (semântico, sonoro e visual).
- Combate a exclusividade do verso.
- ”Os elementos de composição característicos da poesia concreta são a organização geométrica do espaço e o jogo de semelhanças de significantes.“
- “Talvez se pudesse concluir que um poemaconcreto seja definido mais ou menos assim: um tipo de composição poética centrada na utilização de poucos elementos dispostos no papel de modo a valorizar a distribuição espacial, o tamanho e a forma dos caracteres tipográficos e as semelhanças fônicas entre as palavras.“
- “A poesia concreta significou o reconhecimento do poema como objeto também espacial, e da necessidade de procedimentos composicionais compatíveis com essa realidade.“




Sabemos que a Poesia Concreta adota, entre outros procedimentos, a valorização do poema no espaço branco da página. Com apoio das artes gráficas, os textos ganham em expressividade visual.