29 de março de 2012

Pablo Neruda...

É Proibido
                 - Pablo Neruda -

É proibido chorar sem aprender,
Levantar-se um dia sem saber o que fazer
Ter medo de suas lembranças.

É proibido não rir dos problemas
Não lutar pelo que se quer,
Abandonar tudo por medo,

Não transformar sonhos em realidade.
É proibido não demonstrar amor
Fazer com que alguém pague por tuas dúvidas e mau-humor.
É proibido deixar os amigos

Não tentar compreender o que viveram juntos
Chamá-los somente quando necessita deles.
É proibido não ser você mesmo diante das pessoas,
Fingir que elas não te importam,

Ser gentil só para que se lembrem de você,
Esquecer aqueles que gostam de você.
É proibido não fazer as coisas por si mesmo,
Não crer em Deus e fazer seu destino,

Ter medo da vida e de seus compromissos,
Não viver cada dia como se fosse um último suspiro.
É proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar,

Esquecer seus olhos, seu sorriso, só porque seus caminhos se
desencontraram,
Esquecer seu passado e pagá-lo com seu presente.
É proibido não tentar compreender as pessoas,
Pensar que as vidas deles valem mais que a sua,

Não saber que cada um tem seu caminho e sua sorte.
É proibido não criar sua história,
Deixar de dar graças a Deus por sua vida,

Não ter um momento para quem necessita de você,
Não compreender que o que a vida te dá, também te tira.
É proibido não buscar a felicidade,

Não viver sua vida com uma atitude positiva,
Não pensar que podemos ser melhores,
Não sentir que sem você este mundo não seria igual.


A poesia do chileno Pablo Neruda


Pablo Neruda nasceu Ricardo Eliécer Neftalí Reyes Basoalto em 12 de julho de 1904, em Parral (vilarejo da província de Linares, localizada na Região de Maule, no Chile), filho de um ferroviário e de uma professora primária. O pseudônimo Pablo Neruda foi adotado ainda na adolescência, inspirado no escritor tcheco Jan Neruda, e acabou se tornando seu nome legal.

Estudou Pedagogia em francês na Universidade do Chile e teve uma longa carreira diplomática, sendo cônsul do Chile na Espanha e no México. Foi senador, leu para mais de 100 mil pessoas no Estádio do Pacaembu em homenagem a Luís Carlos Prestes, foi Doutor Honoris Causa pela Universidade de Oxford, foi Nobel de Literatura em 1971 e morreu de câncer na próstata em 23 de setembro de 1973, alguns dias após a queda de Salvador Allende no golpe militar comandado por Augusto Pinochet.

Segundo a escritora Isabel Allende, em seu livro “Paula”, Neruda morreu de tristeza ao ver a queda do governo socialista no Chile. O funeral de Pablo Neruda foi uma das últimas manifestações públicas da esquerda — ainda que silenciosa — durante os anos da ditadura chilena. Neruda havia aberto mão de sua candidatura a presidente em favor de Allende nas eleições presidenciais de 1970.

O filme chamado Il Postino (também conhecido como O Carteiro e O Poeta no Brasil ou O Carteiro de Pablo Neruda em Portugal, de 1994) conta sua história na Isla Negra, no Chile, com sua terceira mulher, Matilde. No filme, que é uma obra de ficção, a ação foi transposta para a Itália, onde Neruda teria se exilado. Lá, numa ilha, torna-se amigo de um carteiro que lhe pede para ensinar a escrever versos para conquistar uma moça do povoado.

Uma de suas três casas no Chile, “La Chascona” em Santiago, abriga atualmente um museu com seus objetos pessoais. As outras duas casas do poeta ficam em Isla Negra e Valparaíso.

26 de março de 2012

                                                     

    MADAME  BOVARY




AUTOR


Gustave Flaubert - Escritor francês (1821-1880). 

Um dos representantes mais importantes do romance realista, nasceu em Rouen e cresceu no hospital onde seu pai trabalha como cirurgião-chefe.

Começou a escrever em 1843, depois de ser reprovado nos exames de Direito da Universidade de Paris. Um ano depois, com epilepsia, isolou-se em um sítio em Croisset, perto de Rouen, propriedade de seu pai. Fez amizades no círculo literário parisiense e escreveu duas novelas, publicadas bem mais tarde: A Educação Sentimental (1869) e A Tentação de Santo Antônio (1874)

Entre 1849 e 1851, viajou a Africa de onde trouxe as anotações para o livro Salambô (1862), sobre a queda da antiga civilização de Cartago. 

Em 1856, após cinco anos de trabalho, publicou Madame Bovary , seu romance mais importante, no qual critica os valores românticos e burgueses da época. O livro conta a história de Emma Bovary, que se entrega a sucessivos casos de adultério para fugir da vida medíocre que julga levar ao lado do marido, um médico de província. O romance, que termina com o suicídio de Bovary, causa escândalo na França. Flaubert é acusado de imoralidade e submetido a julgamento. 





BOA LEITURA!!

23 de março de 2012

A IMPORTÂNCIA DA LEITURA PARA A PRODUÇÃO DE TEXTOS
Patrícia Ferreira Bianchini Borges


Todos, escritores, ou não, são unânimes em apontar as dificuldades da tarefa de escrever. Muitos a consideram um aprendizado demorado, dispendioso e pouco eficiente, já que são poucos os que chegam a redigir textos de forma adequada. Outros afirmam que escrever é lutar inutilmente contra as palavras, pois parecem nunca atingir plenamente os objetivos pretendidos. Além do mais, no nosso cotidiano, a língua falada parece ocupar um espaço de maior prestígio – jornais falados, mensagens gravadas em fitas, telefonemas, etc. substituem tradicionais meios de comunicação que utilizam a língua escrita. Diante desse cenário, cabe a pergunta – Ainda vale a pena aprender a escrever? A escola parece acreditar que sim, já que ainda prioriza a escrita... Mas de onde vem essa importância? Por que, apesar das dificuldades, alguns ainda acham que devem continuar a defender o seu ensino?”


‘’Escrever é falar no papel.’’ Esta é uma frase, retirada do livro de Donald Weiss,Como Escrever com Facilidade”; no qual o autor assegura que o medo acaba inibindo pessoas alfabetizadas de escrever. Já que escrever é falar no papel, o primeiro passo, segundo ele, para perder este medo é escrever como se estivéssemos falando. Escrever sem medo e sem preguiça, fazer vários rascunhos, ler em voz alta o texto escrito para descobrir as falhas (sub-vocalização) são técnicas indispensáveis; e o restante advém da coragem de não ter medo de errar e de ser criticado por alguém que nunca escreveu nada, mas que está sempre pronto a destruir a criatividade do outro.

Na escola, uma grande dificuldade enfrentada pelos alunos com relação ao escrever refere-se à necessidade que eles têm de deixar a linguagem coloquial, “aquela do dia-a-dia”, e passar a se expressar por escrito, numa linguagem mais formal e mais cuidadosa. A fala por ser mais espontânea, menos cerimoniosa e com certeza mais fácil que escrever, e pelo fato de a escrita ter normas próprias (ortografia, acentuação, etc.), a falta de um interlocutor à sua frente exige deles que obedeçam a essas normas.

Outra questão muito comum entre os alunos é dizer que aquele dia “não estão inspirados”, que não vão conseguir escrever. Esta afirmação, para Gustavo Ioschpe, jornalista da Folha de São Paulo, não tem fundamento, pois garante que ‘’além do 1% de inspiração que está no DNA de qualquer aspirante a Shakespeare, o que é determinante são os 99% de transpiração”.

Outra grande referência é a opinião de Garcia (2002:301) que assegura: ‘’aprender a escrever é, em grande parte, se não principalmente, aprender a pensar, aprender a encontrar idéias e a concatená-las, pois, assim como não é possível dar o que não se tem, não se pode transmitir o que a mente não criou ou não aprisionou.’’ Considera ser ilusório supor que se está apto a escrever quando se conhecem as regras gramaticais e suas exceções. Evidentemente, um aluno precisa de um mínimo de gramática indispensável (grafia, pontuação, um pouco de morfologia e sintaxe), que permitirá a ele adquirir certos hábitos de estruturação de frases modestas, mas claras, coerentes e objetivas, embora se isto não seja suficiente.

Considerando a produção de textos na escola, pode-se dizer que cabe aos educadores, portanto, propiciar condições para o aluno exercitar-se na arte de pensar, captar e criar suas próprias idéias, através de atividades que exijam reflexão e produção de um novo texto; e para alcançar esse objetivo, deve-se utilizar a criatividade, sempre considerando e usando “A PALAVRA” como veículo de expressão do pensamento, desenhando através da “ARTE DA PALAVRA ESCRITA” um texto original, diferente, como se fosse uma verdadeira obra de arte.

À primeira vista, pode-se pensar que cada palavra escrita é objeto de uma "convenção" que associa arbitrariamente, uma forma gráfica específica a um sentido específico. Mas é preciso ter em conta que a língua escrita é um "código derivado" da língua oral. Se a relação entre a expressão sonora das palavras e o seu sentido é arbitrária, a relação entre a expressão sonora das palavras e sua forma gráfica - exceções à parte - não é. Subjacente à relação não arbitrária entre a forma ortográfica e a forma fonológica há um princípio que o aluno deve descobrir: o alfabético.

Freqüentemente, no ensino da leitura, tenta-se conciliar o inconciliável: fazer compreender como funciona o código escrito pela descoberta do princípio alfabético e fazer descobrir as finalidades e as questões envolvidas na leitura usando os mesmos textos. Estes dois objetivos complementares exigem que os alunos apóiem-se sobre suportes escritos de dimensões e de natureza muito diferentes. A descoberta do princípio alfabético exige a manipulação de segmentos curtos e cuidadosamente escolhidos para uma ilustração precisa, já a tomada de consciência da diversidade dos escritos e de suas finalidades individuais e sociais exige escritos ricos, autênticos e socialmente significativos.

Fazer compreender, a partir de um mesmo suporte escrito, como "funciona" o código e para que ele serve quando colocado em funcionamento introduz o risco de empobrecer, e mesmo perverter uma das duas tarefas: textos muito curtos, insípidos, sem ambições semânticas e sem significado social não podem revelar a um aluno o que é ler; em contrapartida, textos ricos, variados, carregados de sentido são impróprios para colocar em evidência as relações que ligam as letras e os grupos de letras escritas aos sons orais.

Ao colocar-se o ler e o escrever ainda como desafios, deve-se ter em mente que formar o leitor é também compreender e conhecer esse modo de ser oral de nossa cultura urbana, o qual disputa terreno com a tradição escrita, com seu apelo facilitador à inteligibilidade do mundo. Situá-los nesse ambiente de turbulência cultural, enfrentando-o, sem negá-lo ou ignorá-lo, estar em seu meio e a partir dele, utilizar seus recursos, dirigir uma proposta política/ética/estética ao aluno, para integrá-lo a uma compreensão de mundo que vise à interação com tudo que esta carrega de coerências e contradições.

Professores podem e devem planejar um ambiente, em sua dimensão tanto física quanto social, no interior da unidade escolar, mais especificamente na sala de aula, que se constitua num espaço cultural capaz de instigar/sugerir/convocar certos conhecimentos, atitudes, valores, desejos e reflexões. Formando leitores dentro das diferentes naturezas da linguagem escrita e visual; agregando ao ato solitário da leitura do texto escrito o movimento de luz e sons; motivando e formando alunos/leitores, mesmo dentro dessa sociedade, tão urbana e tecnológica, em que estão inseridos.
Uma orientação eficiente para a prática de produção de textos, na escola, deve envolver procedimentos fundamentais distribuídos em dois grandes momentos: o que antecede e o que coincide com o ato de escrever, propriamente dito.

No primeiro momento, há que se orientar na busca de conteúdos (idéias, opiniões, informações) a serem colocados no papel; no segundo, não menos importante, deve-se preocupar com o modo de fazê-lo, resgatando e/ou apresentando habilidades de estruturação do texto que permitam tecer microestruturas eficazes para se conseguir um texto coeso e coerente com as idéias e intenções do autor.

Os alunos devem estar convictos de que escrever é expressar idéias, conceitos, informações, sentimentos, sensações de maneira clara, coesa e coerente com aquilo que se deseja e cabe ao professor ensinar-lhes a selecionar e manipular tanto palavras e frases como idéias, conceitos e informações para que possam obter o resultado desejado em sua produção textual.

Para encerrar uma apropriação das sabias palavras do grande mestre Rubem Alves: “Bom seria que o professor dissesse aos seus alunos – Leiam esse livro. Ruminem. Depois de ruminar, escrevam os pensamentos que vocês pensaram, provocados pelos pensamentos do autor. Os pensamentos dos outros não substituem os seus próprios pensamentos. Somente os seus pensamentos estão vivos em você. Um livro não é para poupar-lhes o trabalho de pensar. É para provocar o seu pensamento.”

Patrícia Ferreira Bianchini Borgespatybianchini@hotmail.com
Professora da Rede Municipal de Ensino de Uberaba - MG
Licenciada em Letras pela Uniube
* Texto publicado originalmente em: A Importância da Leitura para a Produção de Textos, in: Revista Pedagógica Ponto de Encontro, ano VI, nº. 6, 2004. (pp. 6 e 7).

Referências Bibliográficas:CARNEIRO, Agostinho Dias. Redação em construção. A escritura do texto. 2 ed. rev. e ampl. São Paulo: Moderna, 2001.
GARCIA, Othon Moacyr. Comunicação em prosa moderna. 21 ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 2002.

20 de março de 2012

GUERRA DE IDÉIAS...

                                                          
As idéias são perigosas. Idéias conflitantes em mentes polvorosas então, provocam guerras como as do oriente médio. Ausência total de idéias também; alimentam cabeças vazias e cabeça vazia, você sabe, é a oficina do diabo.

O ser humano só é o que é pela sua infinita capacidade de ter
idéias. Idéias são a essência do progresso humano e também sua perdição. Assim são quando as pessoas vivem sem serem capazes de distinguir entre o que é uma idéia e o que é a verdade. Porque grande ou pequena, uma idéia não passará nunca de uma idéia, já a verdade… quem dirá que a conhece?

Algumas pessoas vivem imersasem sistemas de idéias e são incapazes de distinguir quem são, onde estão, ou de remeter-se a sua essência. Apegam-se a rótulos, a ideologias, sem enxergarem que esses sistemas tem seus limites e que são apenas mais uma ideologia dentre tantas outras existentes no mundo. Entretanto isso acontece a praticamente todos. Quase todos vivem, por exemplo, imersos no mundo do seu trabalho. Devido ao cansaço e a falta de tempo, são incapazes de cultivar outros gostos ou interesses.

Mas há um
momento em que somos abruptamente remetidos a nossa essência. São ocasiões extremas, de doenças, de poucos recursos financeiros, de morte, todas humilhantes. Perdemos nosso ego e encontramos a nós mesmos. Porque as idéias são do mundo, mas dentro de nós vive uma essência humana e espiritual. Foram vários os escritores que já chegaram à conclusão de que o intelecto não passa de um brinquedo ou que não tem (tanta) importância quanto supõe os que brigam por suas idéias, isto é, aqueles que sentem uma necessidade vital de estarem certos.

"O intelecto nao é uma coisa séria, nunca foi. É um instrumento para a gente brincar e só".       Oscar Wilde
Travamos batalhas a vida inteira, vivemos imersos sob nossos tormentos, somos incapazes de enxergar um palmo adiante. Mas é só tropeçarmos e pronto, um mundo novo e nem sempre agradável se vislumbra ao nosso redor. Nem sempre agradável porque esse mundo somos nós, nós como almas, como seres espirituais vivendo uma experiência material, mundo o qual ignoramos irrefletidamente.

Este aspecto que tenho colocado aqui, confunde-se por vezes com questões práticas do tipo: Qual sua capacidade de refletir sobre o todo em relação as partes? E mais, qual sua capacidade de visualizar o todo, mesmo lidando constantemente com os detalhes? Visão global, ou de conjunto x Detalhes, ou unidades…

Como você se porta em relação a isso?
Briga cegamente pelo seu time de futebol porém mal dá conta de viver com seus rendimentos? Vive a vida toda sofrendo com sua doença enquanto não enxerga que sua mente vive num turbilhão inútil de pensamentos e sentimentos destrutivos, os quais comprovadamente influenciam sua saúde? Ou quem sabe você vive a espera daquele grande amor, aquele amor perfeito que irá suprir todas as suas necessidades psicológicas, porém vê o ser humano ao lado com descaso…

Quando adotamos maior
senso prático em nossas vidas, quando aprendemos a identificar o que REALMENTE IMPORTA, quando entendemos que efeitos indesejados em nossa vida certamente vêm de causas inúteis (normalmente nós mesmos), então sim, aprenderemos a ver a vida com mais objetividade e vamos parar de brigar, brigar e brigar e no fim das contas, continuar sem conseguir nada.
(FONTE: http://www.ronaud.com/pensamentos/guerra-de-ideias/ )

DICA DE LEITURA...

Justa: Aracy de Carvalho e o 

  • Justa: Aracy de Carvalho e o Resgate de Judeus: Trocando a Alemanha Nazista pelo Brasil 
    Com vivacidade narrativa e riqueza de detalhes, Monica Schpun apresenta a amizade entre duas mulheres, Aracy de Carvalho Moebius Tess e Maria Margarethe Bertel Levy, que driblaram com muita coragem a extrema hostilidade do mundo durante a Segunda Guerra Mundial. 

    Aracy chefiava o setor de passaportes no mesmo consulado em que o escritor Guimarães Rosa, seu marido, iniciava a carreira diplomática como cônsul adjunto em Hamburgo. Aracy salvou a vida de judeus vítimas do nazismo, ao permitir que emigrassem para o Brasil. Por esse ato de coragem, foi homenageada em 1982 com o título de Justa entre as Nações, concedido pelo Museu do Holocausto de Jerusalém. 

    Margarethe e seu cônjuge, o cirurgião-dentista Hugo Levy, eram judeus liberais que desfrutavam de um padrão de vida elevado. Viajando pelo mundo, ela aprendeu várias línguas, mas viu sua liberdade bombardeada pelas leis de Nuremberg, pela Noite de Cristal e por todos os outros eventos que culminaram com a deportação e o extermínio dos judeus da Europa. 

    Centrado na história do cruzamento dessas duas vidas na Alemanha e no Brasil - e da vida de judeus de Hamburgo que se salvaram da deportação e vieram para São Paulo graças à inestimável ajuda de Aracy -, a obra apresenta um texto ágil e perspicaz, a fascinante história em que - a despeito das variações quase infinitas das narrativas individuais, dos caminhos traçados, das iniciativas tomadas e das saídas encontradas - amizade, solidariedade e acolhimento pontuam os espaços sociais que dão sentido a cada uma dessas vidas e iluminam esse contexto social e político ainda tão inextricável. 

    A partir de variada bibliografia consultada ou criada especialmente para Justa: Aracy de Carvalho e o Resgate de Judeus: Trocando a Alemanha Nazista pelo Brasil, Monica Schpun reconstrói a cidade de Hamburgo das primeiras décadas do século XX, e o modo como a intensificação da perseguição aos judeus ocorreu, além da maneira como eles procuraram contornar as formas de repressão. Apresenta também, por meio de histórias particulares, como a política migratória de Getúlio Vargas incidiu sobre os projetos dos imigrantes: o que era a São Paulo da década de 1930 e como o fluxo dos recém-chegados alterou a distribuição urbana e a vida da comunidade judaica local. 
  • Editora: Civilização Brasileira
  • Autor: MONICA RAISA SCHPUN
  • ISBN: 9788520009918
  • Origem: Nacional
  • Ano: 2011
  • Edição: 1
  • Número de páginas: 518
  • Acabamento: Brochura
  • Formato: Médio
  • Código de Barras: 9788520009918

Quem foi Aracy de Carvalho Guimarães Rosa?


 

Nasceu no Paraná em 1908. Filha de pai brasileiro e mãe alemã.

Aracy foi a segunda mulher do escritor João Guimarães Rosa. Conheceram-se no final da década de 1930, no Consulado Brasileiro onde trabalhava, quando Guimarães Rosa chegou para assumir o cargo de cônsul adjunto. Conheceram-se e apaixonaram-se. No final da década de 1930 casam-se por procuração no México. A lei brasileira ainda não permitia o casamento de dois desquitados.

Para além de ter sido a companheira de um dos mais conceituados escritores brasileiros, Aracy de Carvalho Guimarães Rosa teve trajetória, conquistas e méritos próprios para ser reconhecida e homenageada. 

Como numa narrativa ficcional, seu passado, sua história é repleta de aventuras, perigos e romance. Única mulher a ter seu nome escrito no Jardim dos Justos entre as Nações, no Museu do Holocausto (Yad Vashem), em Israel. Esta honra é concedida pelo governo Israelense a pessoas que colocara suas vidas e por que não dizer, também a de seus familiares, em perigo, para ajudar judeus. O governo de Israel passou a partir da década de 1960 a homenagear pessoas que ajudaram a salvar os judeus diante do anti-semitismo; e em reconhecimento é plantada uma árvore in Memoriam, o que dá origem ao nome do lugar, também chamado de Alameda dos Justos. O/a escolhido/a recebe também uma medalha, feita especialmente para ele/a, um certificado de honra e seu nome cravado na Parede de Honra no Jardim dos Justos em Yad Vashem. A cerimônia é realizada em Israel, ou no país de residência do/a homenagiado/a com a participação dos representantes diplomáticos.

Sendo o único nome de uma funcionária consular e não de embaixador ou cônsul, Aracy recebeu esta grande honra no ano de 1982, em reconhecimento por ter concedido centenas de vistos aos judeus, salvando-os da morte, apesar da proibição brasileira em relação a imigração deles no ano de 1937. Aracy tinha total entendimento e plena consciência dos riscos que corria, sobretudo porque não gozava das imunidades consulares, garantidas aos diplomatas; o que torna sua iniciativa ainda mais temerária. 

Aracy corajosamente intervém em favor dos judeus e ousa colocar sua vida em risco e desobedecer à célebre Circular brasileira, que proibia a emissão de vistos para judeus. Com muita coragem e engenhosidade desafiou o arbítrio do Estado Novo e o nazismo. 

Qual era sua estratégia? Como costumeiramente despachava com o Cônsul Geral ela misturava, entre os documentos para assinatura, os que concediam vistos para os judeus. O cônsul automaticamente assinava a “pilha de papéis” sem, contudo perceber que entre eles estavam os considerados “explosivos”, ou seja, aqueles que possibilitavam a vinda de judeus para o Brasil. Assim, no final da década de 1930, em Hamburgo, como funcionária do consulado brasileiro, a revelia da lei, ajudou judeus a entrar ilegalmente no Brasil, durante o Estado Novo de Vargas.

Não media esforços, desconsiderando o perigo que o nazismo representava. Dentre suas façanhas, também usou seu passaporte diplomático para conduzir pessoalmente diversos judeus até o navio, assegurando-lhes o embarque.

Em 1942, após navios brasileiros serem afundados por submarinos alemães, o Brasil declara guerra à Alemanha. Aracy e Guimarães Rosa voltaram para o Rio de Janeiro em decorrência dos acontecimentos. Enviuvou em 1967 e não se casou de novo.

Salvou judeus na Alemanha nazista, enfrentou as leis anti-semitas do Estado Novo e na década de 1960, morando na cidade do Rio de Janeiro, escondeu perseguidos políticos durante a ditadura militar.

Extremamente discreta, somente recentemente sua história veio à tona, muito por conta do empenho de alguns protegidos do passado. A história brasileira não contempla esta mulher, conhecida pela comunidade judaica por “Anjo de Hamburgo”.

Aracy Guimarães Rosa, funcionária consular que não gozava de todas as garantias diplomáticas, pode ser considerada protagonista de uma grande aventura entrecortada de perigos, coragem e recheada de muito amor e dignidade. A trajetória de vida de Dona Aracy, ou como seu companheiro Guimarães Rosa a chamava, Ara, revive personagens e imagens que fazem desta mulher um vulto histórico exemplar, digno de ser incluído urgentemente nos livros de história do Brasil. 

Encontramos em um exemplar do livro Grande Sertão: Veredas - um dos grandes fenômenos da literatura brasileira - uma dedicatória do autor, João Guimarães Rosa: “A Aracy, minha mulher, Ara, pertence este livro”.

(http://www.digestivocultural.com/ensaios…

14 de março de 2012

Dia Nacional da Poesia
Poesia
A palavra "poesia" tem origem grega e significa "criação". É definida como a arte de escrever em versos, com o poder de modificar a realidade, segundo a percepção do artista.
Antigamente, os poemas eram cantados, acompanhados pela lira, um instrumento musical muito comum na Grécia antiga. Por isso, diz-se que a poesia pertence ao gênero lírico. Hoje, os poemas podem ser divididos em quatro gêneros: épico, didático, dramático e lírico.
As linhas de um poema são os versos. O conjunto desses versos chama-se "estrofe". Os versos podem rimar entre si e obedecer à determinada métrica, que é a contagem das sílabas poéticas de um verso. Os versos mais tradicionais são as redondilhas; a redondilha menor tem cinco sílabas, e a maior com sete; os versos decassílabos, dez; os alexandrinos, doze.
A rima é um recurso que confere musicalidade aos versos, baseando-se na semelhança sonora das palavras do final ou, às vezes, do interior dos versos. Rima, ritmo e métrica são características especiais de um poema e que podem variar, dependendo do movimento literário da época.
No Brasil, os primeiros poemas surgiram junto com o seu descobrimento, pois os jesuítas usavam versos para catequizar os índios.
Depois, surgiram outras formas de poesia, como o barroco (1601-1768), o arcadismo (1768-1836), o romantismo (1836-1870), o parnasianismo (1880-1893), o simbolismo (1893-1902), o pré- modernismo (1902-1922), o Modernismo (1922-1962), até a forma de hoje.
Dia Nacional da Poesia é comemorado em homenagem ao nascimento de Castro Alves, em 14 de março de 1847. Poeta do romantismo, ele foi um dos maiores nomes da poesia brasileira. Suas obras que mais se destacaram foram: Os escravos (no qual há o seu famoso poema Navio Negreiro) e Espumas flutuantes, cujas características principais são a valorização do amor e a luta por liberdade e justiça. Há outros nomes importantes da poesia brasileira: Alberto de Oliveira, Gonçalves Dias, Raimundo Correia, Olavo Bilac, Casimiro de Abreu, Cecília Meireles, Jorge de Lima, Ferreira Gullar, Manuel Bandeira, Mário de Andrade, Mário Quintana, Carlos Drummond de Andrade e muitos outros.
Fonte: www.paulinas.org.br

12 de março de 2012

DONA BEJA

Hoje recebi uma linda mensagem via e-mail que começava com uma historinha sobre uma pessoa invejosa e mal intencionada que enviou um presente a uma moça quando essa dava uma festa e tinha a casa cheia de gente. O presente foi entregue por um escravo com a ordem de esperar a resposta...

Para perplexidade de todos, quando a moça abriu o presente, deparou-se com uma linda bandeja de prata toda lambuzada de estrume e lixo. Imediatamente a moça retirou-se com o presente nas mãos, voltando logo a seguir com a bandeja devidamente lavada e polida, e dirigindo-se ao escravo deu-lhe um bilhete que deveria ser entregue à pessoa que enviara o presente, onde escrevera: "CADA UM DÁ O QUE TEM"...

Essa passagem da vida de Dona Beja, a protagonista dessa historia, ficou famosa assim como ela propria, e nos faz pensar sobre nossas atitudes e reações diante de certas circunstancias da vida. Por essa razão, presto aqui uma homenagem a essa curiosa figura de nossa historia, dividindo com voces um "cadinho" de sua biografia..:





DONA BEJA 
(Ana Jacinta de São José)

 Cronologia

Nasceu: 1800
Faleceu: 1874
Filiação: Maria Bernarda dos Santos, pai ignorado. Natural de Pains/MG

Trajetória de Vida
Em 1805, uma família vinda de Pains chegou para se estabelecer em São Domingos do Araxá. Essa família era composta de tio, avó, mãe e uma bela criança. Essa criança era Ana Jacinta de São José, que se tornou uma moça de beleza rara, que despertava a inveja das mulheres e chamava a atenção dos homens. Apaixonada pelo fazendeiro Manoel Fernando Sampaio, Ana Jacinta tornou-se sua noiva. O casamento seria uma conseqüência normal para o compromisso. Beja, esse foi o apelido carinhoso que o noivo lhe deu por compará-la à doçura e à beleza da flor “beijo”. Mas o destino de Beja foi bem diferente.

Um dia Beja foi raptada. O novo Ouvidor do Rei, Dr. Joaquim Inácio Silveira da Motta, ficou fascinado com sua beleza e não teve escrúpulos de mandar raptá-la. Por dois anos Beja viveu como amante do Ouvidor na Vila do Paracatu do Príncipe.






Ao retornar a São Domingos do Araxá, Beja encontrou um ambiente hostil. A conservadora sociedade local não via Beja como vítima, mas como uma mulher sedutora de comportamento duvidoso. Agora, além da inveja, era sinônimo de ameaça de sedução aos maridos, noivos e namorados. Era uma outra pessoa. Rica e poderosa, exercia fascínio sobre todos os homens e torna-se, assim, a maior personalidade da região.

 
Residencia de Dona Beja, em Araxá, hoje museu

Beja construiu duas casas. Na casa da cidade era recatada e suas visitas não reclamavam favores sexuais. Fora da cidade, ficava a chácara onde passava a maior parte do tempo. “Essa casa possuía vastos salões para festas e recepções, era em estilo colonial, cercada de árvores...Era imensa a legião de admiradores vindos das cidades próximas, até de cidades de São Paulo, e nesta casa, ela recebia os homens para festas em troca de presentes. 


-"D.Beja impõe regras e se coloca em posição superior: é ela quem define a relação com os homens, é ela quem escolhe seus parceiros sexuais.” (Lourdes Zema). 


A pequena Vila de São Domingos do Araxá passa a ser visitada por pessoas influentes da região.






Beja teve duas filhas: Tereza Tomázia de Jesus, com seu antigo noivo, Manuel Fernando, que foi seu amante durante muitos anos e, pelo o que se conta, teria sido assassinado a mando de Beja, vingando, assim, a surra que um ano antes Manuel Fernando havia mandado lhe dar. Beja levou vários meses se recuperando da surra. Joana de Deus de São José foi sua segunda filha. Dessa vez, o pai foi João Carneiro de Mendonça, outro amante de Beja.


Araxá - Joana de Deus - Filha de Dona Beja - Domínio Público
Joana de Deus - filha de Dona Beja


Após os 35 anos, Beja se retira da vida pública para se dedicar às filhas. Escolhe para viver a localidade de Bagagem, hoje, Estrela do Sul, onde estava acontecendo uma corrida pelos diamantes. Beja, então, se dedica à atividade do garimpo. A mulher sedutora passa a viver uma vida recatada, voltada à religião e à caridade.

Foi  aceita pela comunidade de Bagagem e participou da vida diária da cidade. Mandou construir uma ponte, que inclusive tem seu nome, e financiou a virada do Rio Bagagem para colher o cascalho do leito do rio, onde presumia ter maior depósito de diamantes.

_“Seu poder e sua beleza foram associados às virtudes afrodisíacas das águas de Araxá. Nada pode ser negado à veracidade da história e à correlação de Beja-Araxá, porque ela ressurgiu no novo século como emblema da cidade, associada às águas locais, atraindo turistas à região.“ ( Lourdes Zema).

O Caso do Triângulo Mineiro
As terras onde se encontram Araxá, entre a região do Alto Paranaíba e Triângulo Mineiro, começaram a ser ocupadas já no princípio do século 18, após a Guerra dos Emboabas e a Sedição de Vila Rica. Era uma alternativa para os que optaram em deixar a região das minas.

Pelos documentos, vê-se que os governadores da Capitânia das Minas incluíam essas terras na jurisdição da Capitânia. Na década de 70 do século 18, devido à interferência do governo de Goiás e com o apoio da população, as terras passam para Goiás. “Extraviadores de ouro e dos direitos reais no comércio preferiam um poder mais distante e frouxo, viam na subordinação a autoridades que não as mineiras.” (F. Iglesias).

Em abril de 1816, as terras são desmembradas de Goiás e incorporadas ao território mineiro através de um alvará, dando ao mapa o contorno característico e inconfundível. O motivo alegado era que Araxá e Desemboque estavam a mais de 150 léguas da capital de Goiás. O cientista alemão Eschwege contestou o fato, alegando que as terras deveriam ser incorporadas à Capitania de São Paulo, por estarem mais próximas da sua capital do que de Ouro Preto. Nesse período, era de interesse dos proprietários de terras estarem ligados à Capitania de Minas, inclusive, já haviam articulado um pedido à Corte.






Tradicionalmente, por razões sentimentais, liga-se o fato à figura de Beja. O Ouvidor, Dr. Motta, temeroso do seu julgamento pelo rapto da adolescente Ana Jacinta na Capitania de Goiás, onde tinha como inimigo político o governador, pediu a D.João V a transferência das terras para a Capitania de Minas, onde seu julgamento seria mais fácil.


_ “Analisado historicamente, o fato não tem comprovação, já que, em Paracatu do Príncipe, o ouvidor nada teria a temer das autoridades goianas, pois a localidade sempre pertencera a Minas.“ (Enciclopédia dos Municípios Mineiros).  

Dona Beja já idosa







Homenagem

Dá nome ao Museu Histórico de Araxá e a  uma das fontes de água mineral do Barreiro

Televisão:

Dona Beja - Tema de novela na Rede Manchete de Televisão - 1986



Livros sobre Dona Beja:

A vida em flor de D.Beja
 Agripa de Vasconcelos
Araxá , da maloca ao palácio
Waldir Costa

Dona Beija, a feiticeira de Araxá
Thomas Leonardo

Em 1986, a história de Dona Beja virou novela exibida pela extinta TV Machete (com a grafia adaptada para a norma culta da língua portuguesa). A atriz Maitê Proença estrelou o folhetim, sucesso de público que foi exibido no Brasil e em países da América Latina e América do Norte.

8 de março de 2012

                 Eu com minhas tres netas  



Como o ditado diz que "Filho de peixe peixinho é",  brindo voces com um poema de minha filha Patrícia..:

                                      
  SER MULHER 
- Por  Patrícia Hasmann -

        
Seria muito fácil descrever o que somos nós mulheres em algumas palavras, mas,
 tal tarefa é certamente algo muito difícil ou quem sabe, impossível.
Ser mulher não é ser “Isso” ou “aquilo”...Ser mulher é ser “tudo junto e misturado”. 
Somos o que precisamos ser! Somos o que podemos ser!
Somos a mãe... A amiga... A cozinheira e a dona de casa SIM!... 
Somos a tia, a avó, a prima, a cunhada...
Somos boazinhas... Somos também malvadas... Somos honestas, somos dedicadas...
 Somos humanas e por isso, por vezes cansadas...
Somos o dia, a noite, somos a madrugada...
Somos morenas, louras, ruivas, negras  e mulatas...
Somos altas, baixas, gordas e magras...
Somos vaidosas e as vezes desleixadas...
Somos cheirosas...Perfumadas!
Somos a razão ... Somos o começo... 
 Ser mulher é algo que com certeza não tem preço!

Minhas amigas, mulheres amadas, 
que nesta data vocês sejam muito festejadas!


7 de março de 2012


6º CONCURSO DE SONETOS CHAVE DE OURO 

da

          Academia Jacarehyense de Letras




Já estão abertas as inscrições para o 6º Concurso de Sonetos Chave de Ouro (de Língua Portuguesa) da ACADEMIA JACAREHYENSE DE LETRAS. Não perca essa oportunidade de mostrar seu talento! PARTICIPE!!


Para maiores informações, acesse
http://www.sonetochavedeouro.com/textos/1regulam.htm

5 de março de 2012

Gabriel García Marquez



Esse grande escritor colombiano completa nessa terça-feira, 06 de março, 85 anos, aliás, esse ano de 2012 é muito significativo para Gabriel Garcia Marquez, pois, também comemora os 30 anos de seu Premio Nobel, concedido a ele em 1982, 60 anos da publicação do seu primeiro conto,"A terceira resignação" e, os 10 anos do lançamento de seu livro de memórias, "Viver para contá-las".
Gabriel García Marquez (1928), escritor colombiano universalmente reconhecido, recebeu em 1982 o Prémio Nobel da Literatura. Foi o criador do realismo mágico na literatura latino-americana.

Nasceu em Aracataca (Colômbia) em 6 de março de 1928. Jornalista na sua juventude, vivendo durante vários anos na França, Espanha e México. Estudou cinematografia na Itália.

Iniciou sua carreira literária com a publicação de contos, nestas obras já estava presente o mundo fantástico que caracteriza toda a sua obra.

Muda-se para a Cidade do México em 1960, onde publica seu primeiro livro de ficção, Ninguém Escreve ao Coronel. Em 1967 publica o seu seu romance mais conhecido e consagrado, Cem Anos de Solidão (1967), exemplo único do estilo a partir de então denominado Realismo Fantástico.

García Márquez é o autor de Crônica de uma Morte Anunciada (1981), O Amor nos Tempos do Cólera (1985), O General em Seu Labirinto (1989) e Notícias de um Seqüestro (1996), entre outros livros de ficção, memória e reportagem.

                                       Frases e pensamentos do escritor:


"O problema do casamento é que se acaba todas as noites depois de se fazer o amor, e é preciso tornar a reconstruí-lo todas as manhãs antes do café."
(Do livro Amor nos tempos do cólera)



"Era ainda jovem demais para saber que a memória do coração elimina as más lembranças e enaltece as boas e que graças a este artifício conseguimos suportar o passado".



"Te amo não por quem tu és,mas por quem sou quando estou contigo".


"O sexo é o consolo que a gente tem quando o amor não nos alcança".
(Trecho do livro Memórias de Minhas Putas Tristes)



"Aprendi que um homem só tem o direito de olhar um outro de cima para baixo para ajudá-lo a levantar-se".


"É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão.
O importante é aproveitar o momento e aprender sua duração, pois a vida está nos olhos de quem saber ver".



"Não sinto nada mais ou menos, ou eu gosto ou não gosto. Não sei sentir em doses homeopáticas. Não me importa o que é de verdade ou o que é mentira, mas tem que me convencer, extrair o máximo do meu prazer e me fazer crêr que é para sempre mesmo quando eu digo convicto que nada é para sempre."


"A vida é uma sucessão contínua de oportunidades".


"O segredo de uma velhice agradável consiste apenas na assinatura de um honroso pacto com a solidão".


"Um único minuto de reconciliação vale mais do que toda uma vida de amizade".


BIBLIOGRAFIA:


Romances, contos e crônicas:

· Folhas mortas
· Ninguém escreve ao coronel
· Cem anos de solidão
· Doze contos peregrinos
· O general em seu labirinto
· O amor nos tempos do cólera
· A aventura de Miguel Littin clandestino no Chile
· Cheiro de Goiaba: Conversas com Plinio Apuleyo Mendoza
· Como Contar um Conto
· Crônica de uma Morte Anunciada
· Do Amor e Outros Demônios
· O Enterro do Diabo: A Revoada
· Entre Amigos
· Os Funerais da Mamãe Grande
· A Má Hora (o Veneno da Madrugada)
· A Incrível e Triste História da Cândida Erêndira e sua Avó Desalmada
· Olhos de Cão Azul
· O Outono do Patriarca
· Relato de um Náufrago
· Oficina de Roteiro de Gabriel García Márquez: Me Alugo Para Sonhar
· Notícia de um seqüestro
. Viver para contar (memórias)
. Memórias de minhas putas tristes
. Obra jornalística - Vol. 1 - Textos caribenhos
. Obra jornalística - Vol. 2 - Textos andinos.
. Obra jornalística - Vol. 3 - Da Europa e da América, 1955 1960
. Obra jornalística - Vol. 4 - Reportagens políticas
. Obra jornalística - Vol. 5 - Crônicas

Infanto-juvenis:
. A última viagem do navio fantasma
. Maria dos prazeres
. A sesta da terça-feira
. A luz é como a água
. Um senhor muito velho com umas asas enormes
. O verão feliz da senhora Forbes