27 de dezembro de 2012



Redenção


Amigos, ontem assisti um filme que levou-me às lágrimas e, acima de tudo, a uma profunda reflexão...

Baseado em uma história real, Gerard Butler interpreta Sam Childers, um ex presidiário, viciado em drogas, pai de uma menina pequena e casado com uma stripper, igualmente viciada. Sai da cadeia com o caráter pouco restabelecido e procura a mesma vida marginal. Enquanto esteve na cadeia, sua esposa, Lynn, interpretada por Michele Monaghan, passa a frequentar uma igreja evangélica e consegue vencer o vício e abandonar o trabalho como stripper. Sam Childers, cansado de uma vida inteira de crimes, passa a frequentar a igreja, até mesmo intrigado pelo bem que fizeram a Lynn e sua filha.


O filme toma uma proporção que vai muito além da história da evangelização de um homem. Sam transforma-se em um novo homem. Refaz sua vida profissional, dedica-se a igreja e com o passar do tempo envereda-se em trabalhos voluntários na África. A princípio, construindo casas em Uganda. A partir do que seria uma curta estadia, Sam conhece o Sudão e tem um contato muito sensível ao drama de tantas famílias, destroçadas pela guerra civil que visa o controle político-religioso da região.

Esse contato passa a ser a motivação de sua existência e inicia-se um longo trabalho construindo abrigos para os órfãos da guerra, levando alimentação e lazer para as crianças mutiladas, estupradas e vitimadas pela crueldade do seu próprio povo. Sam torna-se pastor na Pensilvânia e, apoiado por sua família, mobiliza todos os seus recursos para ajudar o Sudão. Fica popular na Árica, conhecido como o Pastor Branco e passa a atuar militarmente, na luta daqueles que se tornaram o seu povo.

O filme aborda de forma bastante dolorida os conflitos da humanidade. Os conflitos de raças, de poder, os religiosos e principalmente, aqueles que temos interiormente. O personagem é um anti-herói, criminoso, viciado. Um homem com uma vida tortuosa, repleta de erros. Um homem que tem dois caminhos: culpar-se pelo mal que já havia praticado ou  lutar pelo bem dos que sofrem. Ele faz a escolha de renovar sua vida através do trabalho pelo próximo, abandonando a culpa e o olhar pejorativo sobre o seu passado.

A mudança que ele consegue realizar na África nada mais é do que a extensão de sua transformação interior, conquistada por meio do evangelho e do amor ao próximo. O personagem edifica e se torna pastor de uma igreja dentro do seu próprio bairro, onde as pessoas conheciam sua história, seus erros e seus crimes. Mesmo assim, teve coragem de se expor por um bem maior.


O filme ilustra uma frase de Paulo de Tarso “Fé sem obras é fé morta”. Sam e toda a sua história vivenciam esse ensinamento de forma muito visceral. É um filme sobre reforma íntima, é um filme sobre transformação de uma vida, sobre merecer e dar-se uma segunda chance todos os dias. Mas acima de tudo, é um filme sobre o amor. Amor a Deus. Amor ao próximo e amor a nós mesmos.

Recomendo.....Redenção.

Assista o trailler. Vale a pena!


Vejam abaixo foto do verdadeiro Sam e um pouco mais de sua história...


“PASTOR METRALHADORA”: OBRA MISSIONÁRIA E CINEMA (SEM OSCAR)




Em 1998, Sam chegou na aldeia de Yei, Sul do Sudão. A nação Africana estava no meio de sua Segunda Guerra do Sudão, e Sam, enviado pelo seu Pastor dos EUA, tinha reunido um grupo missionário para ajudar a reparar os danos nas cabanas durante o conflito. Durante esta tarefa Sam presenciou uma criança ser no dilacerada ao meio por uma mina terrestre. Ele caiu de joelhos sobre o corpo da criança, e chorando, fez uma promessa a Deus de que faria tudo que fosse preciso para ajudar o povo do Sudão.

UMA MENSAGEM DE DEUS
Sam voltou ao Sudão alguns meses depois trazendo uma clínica médica móvel. Para cumprir sua promessa ele se aventurou por todo o país, da cidade de Yei para as aldeias do leste de Boma. Ao passar pela aldeia de Nimule, na fronteira com Uganda, Deus lhe falou ao coração: “Eu quero que você construa um orfanato para minhas crianças. E eu quero que você construa esse orfanato aqui.”

TORNANDO A VISÃO REALIDADE
As pessoas do local diziam que Sam era louco. Na época, o Exército de Resistência, uma milícia rebelde brutal que havia seqüestrado 30 mil crianças e matado centenas de milhares de moradores, estavam devastando a área. Mas Sam foi categórico: Deus me mandou construir o orfanato em Nimule e é exatamente aí que eu irei construí-lo. Sam retornou aos EUA, vendeu sua firma de construção e enviou todo o dinheiro para a África.

Lentamente, o orfanato começou a tomar forma. Durante o dia, Sam desmatava o terreno e construia as cabanas que abrigariam as crianças. Durante a noite, ele dormia debaixo de um mosquiteiro pendurado a uma árvore: Bíblia numa mão, e metralhadora AK47 na outra.

Enquanto isso, na Pensilvânia, a filha de Lynn e esposa Sam Paige travaram uma batalha própria. O carro da família foi tomado por falta de pagamento e um aviso para a toma de sua casa foi dado. Sam tinha dinheiro suficiente para, ou pagar a dívida hipotecária ou terminar o orfanato. Como o dinheiro não dava para pagar os dois Sam então enviou todo o dinheiro para o projeto do orfanato na África.

Com o orfanato terminado, Sam começou a liderar missões armadas para resgatar as crianças do LRA. O grupo que capturava crianças para usa-las como escravos e escravas sexuais. Sam libertava as crianças do cativeiro e as trazia para o orfanato. Não demorou muito para que sua fama corresse e os terroristas começaram a chamá-lo de “The Machine Gun Preacher” ou, o pastor metralhadora...
(Fonte: http://www.pulpitocristao.com/2012/04/o-pastor-metralhadora/)

4 de dezembro de 2012

NATAL
 
 
          - Por Sandra Hasmann -
 
No Natal eu libero a criança
Que vive dentro do meu peito;
No Natal eu me atrevo a crer
Num mundo mais justo e perfeito.
 
Papai Noel existe!!
Não matemos essa ilusão,
Pois com ela a criança resiste
Mesmo quando lhe falta o pão...
 
Na palma da mão o universo,
Nos olhinhos o brilho do sol,
Na cabecinha mil sonhos
Boneca, bola de futebol...
 
Renasça Jesus menino
No aconchego do teu  lar,
Trazendo na Nave Estrela
Muita Paz e  amor para dar..
 
Dedico essa oração-poema
A todas as crianças do mundo,
Que merecem dos que já cresceram
Respeito e carinho profundo...
 
_________________________________
 
A todos voces que,  no decorrer do ano que se finda, prestigiaram meu blog com tão preciosa atenção,
meus sinceros agradecimentos e votos de que, nesse 2013 que já desponta no horizonte, possamos dar continuidade a essa  parceria, nessa  maravilhosa jornada chamada VIDA .
 
FELIZ NATAL!!
 
FELIZ ANO NOVO!!!

Na PAZ do Senhor,

Sandra Hasmann

 



2 de dezembro de 2012

DÉCIO PIGNATARI



*Morreu de insuficiência respiratória neste domingo (2) o poeta paulista Décio Pignatari, aos 85 anos. Ele estava internado desde sexta-feira (30), no Hospital Universitário de São Paulo, e faleceu por volta das 9h da manhã, segundo a assessoria do hospital. Ele também sofria de Mal de Alzheimer, informou o hospital.

"Vivo em função da obra e, por destino, ou por propósito, tenho que realizá-la. Então, é um jogo contínuo, que já dura décadas e décadas, entre tentar viver e tentar fazer a obra. Uma obra que eu me proponho a fazer no sentido de inovação. Não é inovar a obra. Meu reinado é o mundo da linguagem, verbal e não-verbal. Quero tentar colocar a literatura e o pensamento do Brasil em nível internacional. Quero o Brasil internacional, como o futebol é. Sem medo de encarar ninguém. Sou contra os nacionalismos estreitos".

Décio Pignatari
 


Nasceu em 20/08/1927, em Jundiaí, SP. Advogado, publicitário, professor, tradutor, ensaísta e, principalmente poeta. Seus primeros poemas - Noviciado e Unha e carne - trabalhos - foram publicados na Revista Brasileira de Poesia, em 1949. Mas já nos anos 1950, realizava experiências com a linguagem poética, incorporando recursos visuais e a fragmentação das palavras. Tais aventuras verbais culminaram no Concretismo, movimento estético literário, que fundou junto com os irmãos Augusto e Haroldo de Campos, com quem editou as revistas "Noigandres" e "Invenção".
 
Entre 1956 e 1957 participou do lançamento oficial da Poesia Concreta na 1º Exposição Nacional de Arte Concreta, no MAN/SP e no saguão do MEC/RJ, e em 1958 lançou, junto com os irmãos Campos, o Plano-piloto para Poesia Concreta no nº 4 da revista Nogrande. Para consolidar o movimento, viria mais tarde a Teoria da poesia concreta (1965).
 
Como teórico da comunicação, traduziu obras de Marshall McLuhan e publicou o ensaio Informação, Linguagem e Comunicação (1968). Sua obra poética inclui os livros Carossel (1950); Exercício findo (1958); Poesia pois é Poesia, 1950-1975). Poesia pois é poesia (1977); Poetc, 1976-1986 (1986).
 
 Foi um dos criadores da editora e da revista Invenção, lançada em 1962 como veículo da Poesia Concreta. Em 1964 lançou o Manifesto do Poema-Código ou Semiótico, com Luiz Angelo Pinto. Foi membro-fundador da Associação Internacional de Semiótica, em Paris (França), em 1969.
 
Nas décadas de 1980 e 1990 colaborou em vários periódicos, entre os quais a Folha de S. Paulo, e foi professor de Semiótica e Comunicação da FAU/USP. Como tradutor, publicou Dante Alighieri, Goethe e Shakespeare, entre outros, reunidas em Retrato do Amor quando Jovem (1990) e 231 poemas. Publicou também o volume de contos O Rosto da Memória (1988) e o romance Panteros (1992), além de uma obra para o teatro, Céu de Lona.
 
 No final da década de 1990 cansou da agitação de São Paulo e mudou-se para Curitiba em busca de uma vida mais harmoniosa com a poesia. Seu lançamento mais recente é Bili com limão verde na mão (2009).
 


O CONCRETISMO

LUXO LUXO LUXO LUXO LUXOLUXOLUXO
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LUXO LUXO LUXO LUXO LUXO
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LUXOLUXO LUXO LUXO LUXO LUXOLUXOLUXO
(Décio Pgnatari)

Tem como marco inicial a publicação da revista “Noigandes” e como principais representantes os escritores paulistas Décio Pignatari, Haroldo de Campos e Augusto de Campos.

Características:
- Propunha incorporar, à poesia, os signos da sociedade moderna, aliando a observação dos aspectos formais e a observação crítica da realidade.
- Determina uma ruptura radical com o lirismo: a poesia intimista deveria ser substituída pela concretude das palavras, utilizadas no seu aspecto verbi-voco-visual (semântico, sonoro e visual).
- Combate a exclusividade do verso.
- ”Os elementos de composição característicos da poesia concreta são a organização geométrica do espaço e o jogo de semelhanças de significantes.“
- “Talvez se pudesse concluir que um poemaconcreto seja definido mais ou menos assim: um tipo de composição poética centrada na utilização de poucos elementos dispostos no papel de modo a valorizar a distribuição espacial, o tamanho e a forma dos caracteres tipográficos e as semelhanças fônicas entre as palavras.“
- “A poesia concreta significou o reconhecimento do poema como objeto também espacial, e da necessidade de procedimentos composicionais compatíveis com essa realidade.“




Sabemos que a Poesia Concreta adota, entre outros procedimentos, a valorização do poema no espaço branco da página. Com apoio das artes gráficas, os textos ganham em expressividade visual.






 

22 de novembro de 2012

SOBRE LITERATURA...



Livros de Romance

Muitas vezes somos inquiridos sobre as definições e natureza de gêneros literários, em especial por aqueles que pretendem participar de Concursos Literários. Buscando desfazer  possíveis duvidas acerca desse assunto, explicarei de forma resumida o que vem a ser CONTO, CRONICA, SONETO e POESIA.

CONTO é uma narrativa curta que apresenta os mesmos elementos de um romance: narrador, personagens, enredo, espaço e tempo. Diferencia-se do romance pela sua concisão, linearidade e unidade: o conto deve construir uma história focada em um conflito básico e apresentar o desenvolvimento e resolução desse conflito.

CRONICA é um gênero literário que, a princípio, era um "relato cronológico dos fatos sucedidos em qualquer lugar", isto é, uma narração de episódios históricos. Era a chamada "crônica histórica" (como a medieval). Essa relação de tempo e memória está relacionada com a própria origem grega da palavra, Chronos, que significa tempo. Portanto, a crônica, desde sua origem, é um "relato em permanente relação com o tempo, de onde tira, como memória escrita, sua matéria principal, o que fica do vivido"

SONETO é uma forma de poesia perfeita.É uma composição poética de 14 versos, divididos  em quatro estrofes e dois tercetos.Nas quadras temos os versos rimados na seguinte forma: A(primeiro),B(segundo),A(terceiro) e B(quarto),ou seja  ABBA ou AABB.Entre dois tercetos as rimas podem ser AAB,CCB,ABC,ABA e BAB ,etc.Pode-se compor um soneto com qualquer número de sílabas. Simplificando, Soneto é um poema com 2 estrofes de 4 versos e 2 estrofes de 3 versos. Um exemplo:

SONETO LXXXVIII

Quando me tratas mau e, desprezado,
Sinto que o meu valor vês com desdém,
Lutando contra mim, fico a teu lado
E, inda perjuro, provo que és um bem.

Conhecendo melhor meus próprios erros,
A te apoiar te ponho a par da história
De ocultas faltas, onde estou enfermo;
Então, ao me perder, tens toda a glória.

Mas lucro também tiro desse ofício:
Curvando sobre ti amor tamanho
Mal que me faço me traz benefício.

Pois o que ganhas duas vezes ganho.
Assim é o meu amor e a ti o reporto:
Por ti todas as culpas eu suporto


A palavra "POESIA" tem origem grega e significa "criação". É definida como a arte de escrever em versos, com o poder de modificar a realidade, segundo a percepção do artista.

Antigamente, os poemas eram cantados, acompanhados pela lira, um instrumento musical muito comum na Grécia antiga. Por isso, diz-se que a poesia pertence ao gênero lírico. Hoje, os poemas podem ser divididos em quatro gêneros: épico, didático, dramático e lírico.

As linhas de um poema são os versos. O conjunto desses versos chama-se "estrofe". Os versos podem rimar entre si e obedecer à determinada métrica, que é a contagem das sílabas poéticas de um verso. Os versos mais tradicionais são as redondilhas; a redondilha menor tem cinco sílabas, e a maior com sete; os versos decassílabos, dez; os alexandrinos, doze.

A rima é um recurso que confere musicalidade aos versos, baseando-se na semelhança sonora das palavras do final ou, às vezes, do interior dos versos. Rima, ritmo e métrica são características especiais de um poema e que podem variar, dependendo do movimento literário da época.

No Brasil, os primeiros poemas surgiram junto com o seu descobrimento, pois os jesuítas usavam versos para catequizar os índios.

Depois, surgiram outras formas de poesia, como o barroco (1601-1768), o arcadismo (1768-1836), o romantismo (1836-1870), o parnasianismo (1880-1893), o simbolismo (1893-1902), o pré- modernismo (1902-1922), o Modernismo (1922-1962), até a forma de hoje.

Qualquer duvida sobre Literatura, dentro de minhas possibilidades, terei imenso prazer em esclarecer

Abraços a todos.

Sandra Hasmann

15 de novembro de 2012

Jornalista lança livro “Memória Cabocla” com apoio da LIC



A jornalista e escritora Dinamara Osses lançou no  sábado, 10/novembro, no Museu de Antropologia do Vale do Paraíba, o livro Memória Cabocla – beneficiado pela LIC (Lei de Incentivo à Cultura).

 Memória Cabocla é o segundo livro, apoiado pela LIC, lançado por Dinamara Osses, que também é membro da Academia Jacarehyense de Letras.

A proposta da autora é revelar a Cultura Caipira a partir de um romance experimentado por personagens reais e fictícios. Os fatos ocorrem durante a década de 1950, em meio a um conturbado processo de transição vivido pela personagem principal, ao migrar do meio rural para o urbano.

“Durante a narrativa, elementos peculiares relacionados à religiosidade, à musicalidade, à dança, ao modo de se vestir, à gastronomia, irão revelar o típico caipira valeparaibano”, comenta a escritora.

Dinamara explica que Memória Cabocla é resultado de relatos fragmentados e pinçados nas reuniões familiares da própria autora que, com base em pesquisas bibliográficas relacionadas ao tema, fez com que a literatura alcançasse um romance com proposta não somente de “rememorização” da cultura caipira. “Mas também de um período da história em que as cidades do interior eram embaladas pelos sons dos alto-falantes na praça, dos programas de rádio, do trem cortando o centro da cidade, do comércio silenciando, cerrando suas portas, em respeito ao cortejo fúnebre que passava”, revela.

(FONTE: Secretaria de Comunicação Social - http://www.fundacaocultural.com.br)

12 de novembro de 2012

MIRAGEM..

AntonEinsle
MIRAGEM
Eu no espelho: atentas, nós duas
nos observamos para além da imagem.
Estendemos a mão, tocamos esse pó de gelo,
sabendo:
se eu mergulhar daqui, e do seu lado, ela,
vão se fundir num sopro nossos rostos,
todos os meus sonhos e os anseios dela.
Mas nenhuma se atreve. Continuamos
sozinhas nesse mundo de reflexos,
eu e ela incompletas, nuas
e sós. 
Lia Luft
Pintura: Anton Einsle

5 de novembro de 2012

O APITO DA MEMÓRIA



Estive no dia 20 p.p. em Sorocaba, no lançamento do livro O APITO DA MEMÓRIA, do  escritor Jorge Facury, professor de História e homem de Letras dos mais talentosos desse país. Transcrevo abaixo texto de agradecimento escrito por ele num periódico local:



Jorge Facury


"Na noite de sábado, dia 20 passado, mais um livro nasceu em Sorocaba, com lançamento no auditório do Instituto Histórico Geográfico e Genealógico de Sorocaba (Casa de Aluísio de Almeida).  O Apito da Memória, feito de 23 histórias narradas por populares, teve apoio da Lei de Incentivo a Cultura e constitui um resgate de memórias pessoais, compondo o que se costuma chamar literatura oral. Toda ação positiva, contudo, só acontece com a conjugação de forças, portanto desejo agradecer aqui à senhora Solange Helena Marques de Lima do IHGGs, que desde o princípio dispensou toda atenção e receptividade à organização; também ao senhor Valter Idargo, escritor e membro daquela nobre casa, que acompanhou o lançamento dando valioso apoio técnico; à professora Fátima Vieira, umas das personagens do livro, pela admirável decoração que fez graciosamente; à educadora e Mestre Durce Gonçalves Sanches que compareceu representando a Academia Ituana de letras; à escritora Sandra Hasmann, que nos prestigiou representando a Academia Jacarehyense de Letras; ao Professor João Alvarenga, prefaciador do livro; ao sempre apoiador Carlos Ruís da Letrasign e demais amigos, que apoiaram de algum  modo para que tudo saísse a contento. E, claro, ao contadores das histórias, sem os quais  não haveria o fruto literário, que é a razão de tudo, o meu muito obrigado".                          
                                                                  Jorge Facury – autor





2 de novembro de 2012

Livro - Cigarros Que a Gente Fuma de Madrugada

"Reencontrei Cristina Nicolotti  em meados de 2004, quando eu participava semanalmente do programa de Marisa Carnicelli na Radio Record de SP. Ela era a convidada daquele dia e eu a entrevistei junto com Marisa. 

De imediato senti imensa empatia por aquela mulher mignon que eu conhecera em outra ocasião, mas, de forma breve, de cabelos curtinhos, dona de uma inteligencia "viva", de um carisma extraordinário e de uma franqueza radiante e jovial, pela qual anos antes havia sido entrevistada  qdo ela apresentava o programa de variedades  CASA SÃO PAULO na Rede Mulher. . Confesso que me vi um pouco nela e desde então nos tornamos amigas, compartilhando, mesmo que na maioria das vezes à distancia, através de emails ou telefonemas, coisas da bagagem, papos sobre filhos, maridos, trabalho, vida, Deus... E no decorrer desses anos pude aprender muito com a garra, a determinação e a alma linda de Cris Nicolotti. 


Agora Cris nos brinda com esse livro forte e ao mesmo tempo encantador, no qual nos identificamos de imediato pelo conteúdo humano pleno de reais significados, razão pela qual convido todos vocês a lerem OS CIGARROS QUE A GENTE FUMA DE MADRUGADA NA MESA DA COZINHA...   


Poder dizer que sou sua amiga, mais do que uma honra, é um privilégio. Conheçam um pouco mais sobre essa grande atriz e comunicadora clicando aqui : http://pt.wikipedia.org/wiki/Cris_Nicolotti  " 

                                                        - Sandra Hasmann -

Cris Nicolotti é Catarina em “Tapas & beijos” 




"Os cigarros que a gente fuma de madrugada na mesa da cozinha" é um texto da Cris que nasceu há mais de 20 anos na finalidade de ser teatro. Sua real função, segundo a própria Cris, era ser "coisas que todos nós pensamos, mas nunca vamos dizer". 

Uma espécie de  "nosso secreto". O de todos nós. Sem rodeios, sem delicadeza, sem o menor pudor. Mas como dizer aquilo que não é dito? Como colocar sobre o palco o silêncio destes personagens? - é o que a autora perguntava-se no processo criador. 

O que houve, foi que o texto saiu e passou por tantas mãos, teve tantos elogios e provocou tantas emoções que a autora resolveu tirá-lo da condenação da "gaveta para sempre" e dividi-lo com os amigos e leitores. Como ela insiste em dizer: "É doce, é cruel, é verídico. É o que jamais diríamos. Mas agora dito está. "

A obra são textos que podem ser poemas, pensamentos, sobretudo crônicas; na realidade são escritos advindos da alma de artista que Cris possui.

31 de outubro de 2012

Lançamento: livro MIL FACES


RITA EMÍLIA MÁXIMO DE ALMEIDA


Natural de Jacareí, uma cidade pequena do Estado de São Paulo.

Professora com graduação em Pedagogia, dedicou-se durante trinta anos ao magistério, atuando como Professora, Coordenadora do Ensino e Diretora de Escola.

Aposentando-se em 1984, tornou-se autodidata em literatura, pelo seu amor à leitura e pelo gosto da palavra escrita. Gosta de escrever desde sua mocidade, especialmente crônicas.

Teve seus trabalhos publicados em tres Antologias, e publica agora o livro MIL FACES pela Editora Delicatta.

Rita Emília é membro da Academia Jacarehyense de Letras, ocupando a cadeira de número 10 cujo Patrono é Roberto Donizeti de Souza.



"É variável de um autor para outro o conceito de crônica, gênero literário tipicamente brasileiro, que engloba páginas de memórias, lembranças de infância, flagrantes do cotidiano, comentários metafísicos, considerações literárias, poemas em prosa, reflexões...

Escrever é colocar a alma para fora, é descobrir-se no mais profundo do próprio ser. O pensamento fluindo ao sabor das idéias, na maior parte das vezes, ao sabor dos sonhos.

Gosto de descrever o pôr do sol, lindo, da minha janela. É possível descrever a alegria de uma criança. O brilho de seus olhos, o agitar de suas mãozinhas, aflitas, no acompanhar a alegria do brinquedo novo. A beleza de ser avó. A descrição, a narrativa, a reflexão, a discussão, desenrolam-se na crônica. Através dela quero fazer um retrato do que vejo no meu dia-a-dia.

Ao meditar sobre nossa condição humana, ainda aprendizes da vida, sinto necessidade de narrar atrocidades cometidas. Nas tardes de preguiça, é a alegria de ler para os netos, a narrativa da mãe gata brincando com o novelo de lã, que eu digo, rindo :- É a lã do meu tricô. Narrativa brincando de conto.

Em noites insones o humor de Luiz Fernando Veríssimo ajuda a amanhecer. Torno-me lírica no lirismo de Lygia (*Fagundes Teles) ou de Dalton (*Trevisan). Sou capaz de me impenhar numa dissertação para debater comigo mesma teorias das quais eu mesma duvido. Ou desconheço. Tento fazer poesia em prosa nas crônicas de reflexão e humor, nas humoristas. Outras vezes, narrar e descrever ao mesmo tempo. Confesso que não me atrevo a enfrentar crônicas metafísicas.

Dessa forma caminho pelos vários tipos de crônicas. As Mil Faces da crônica vivem dentro de mim, daí o título que dei ao livro que publico nesse cair de tarde da vida.
                                                                                     _ Rita Emília _


"Leitura fascinante e imperdível. CONFIRAM!!" - Sandra Hasmann

29 de outubro de 2012

Jacareí - Quotidiano & sociedade de 1840 a 1870

 
O estudo dos grandes feitos ou a narração do ápice de uma decisão histórica omite sempre os coadjuvantes  desses mesmos fatos. Uma análise mais minusciosa iria encontrar na planície pos membros de uma slociedade  que, no anonimato, formam o pano de fundo dos grandes acontecimentos e sem os quais não haveria, certamente, o fato principal.
 
Nesse campo, a historiadora Aana Luiza do Patrocínio teve a capacidade de perceber e apreender da forma mais profunda esses habitantes sem nome e sem rosto.
 
Jacareí: Quotidiano & Sociedade, de 1840 a 1870 é uma boa leitura que não pode tardar mais.
 
(Benedito Sergio Lencioni - Presidente da Academia Jacarehyense de Letras)
 
 
 

A autora, ANA LUIZA DO PATRCÍNIO, é Bacharel e Licenciada em História  pela Universidade do Vale do paraíba (UNIVAP), com Mestrado em Historia Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

Foi colaboradora da Revista  Histórica do Arquivo do Estado de São Paulo (AESP) e atualmente escreve, eventualmente, para e revista História Viva da Editora Duetto.

É pesquisadora há mais de dez anos e estudiosa da Primeira e Segunda Guerras mundiais.

Membro da Academia Jacarehyense de letras, ocupa a cadeira de número 27, tendo como patrono Antônio Gomes de Azevedo Sampaio.


28 de outubro de 2012



Carta de Einstein sobre Deus é vendida por US$ 3 milhões em leilão online                                  (FONTE: http://hypescience.com/carta-de-einstein-sobre-deus-e-leiloada-no-ebay/)


“Estamos excitados por oferecer a uma pessoa ou organização a oportunidade de possuir um dos documentos mais intrigantes do século 20″, disse Eric Gazin, presidente da Auction House (agência que está cuidando da venda), em entrevista ao LiveScience. “Esta carta pessoal de Einstein representa um nexo entre ciência, teologia, razão e cultura”.Um ano antes de morrer, o célebre físico Albert Einstein escreveu, em 3 de janeiro de 1954, uma carta ao filósofo judeu Eric B. Gutkind, expressando sua visão sobre o povo judeu, as religiões e a existência de Deus. O documento foi leiloado no eBay de 8 a 18 de outubro, e foi vendida por US$ 3 milhões (mais de R$ 6 milhões).
A carta só recebeu dois lances. O comprador permaneceu anônimo.
Gazin tinha dito que o preço da carta poderia triplicar com a venda. O antigo dono do documento, também não identificado, adquiriu a “carta sobre Deus” em 2008, num leilão em Londres (Inglaterra), por 404 mil dólares (cerca de R$ 808 mil), valor 25 vezes maior do que o inicial estimado.
O documento ficou guardado em um ambiente com luz, umidade e temperatura controlados para garantir sua integridade. Sua legitimidade não é questionada, e a carta foi vendida ainda em seu envelope original, com um carimbo e um selo de Princeton, Nova Jersey (EUA).

Einstein x Deus e as religiões

A carta era uma resposta do físico ao livro de Gutkind “Choose Life: The Biblical Call to Revolt” (“Escolha a Vida: A Chamada Bíblica à Revolta”), no qual o filósofo sustentava a ideia de que os judeus eram um povo de “alma incorruptível”. “A alma do povo judeu nunca foi uma alma de massas. A alma de Israel não poderia ser hipnotizada; nunca sucumbiu a ataques hipnóticos (…). A alma de Israel é incorruptível”, escreveu.
Einstein não concordava: “Para mim, a religião judaica é, da mesma forma que todas as outras, uma incarnação das superstições mais infantis. E o povo judeu, ao qual eu pertenço com boa vontade, e que tem uma mentalidade com a qual tenho uma afinidade profunda, não tem, para mim, uma qualidade que o difere de qualquer outro povo. Até onde minha experiência vai, ele também não é melhor que outros grupos humanos, embora esteja protegido dos piores cânceres por falta de poder. Fora isso, não consigo ver nada de ‘escolhido’ sobre ele”.
No final de sua vida, Einstein se mostrou contrário às religiões. Mas ele acreditava em Deus? Não exatamente, como se lê em uma carta escrita em 24 de março daquele mesmo ano: “Foi, é claro, uma mentira o que você leu sobre minhas convicções religiosas, uma mentira que foi repetida de forma sistemática. Eu não acredito em um Deus pessoal, nunca neguei isso, mas expressei de forma clara. Se algo em mim pode ser chamado de religioso, é minha ilimitada admiração pela estrutura do mundo que nossa ciência é capaz de revelar”.
Na carta a Gutkind, Einstein disse que a palavra “Deus” nada mais era do que “a expressão e produto da fraqueza humana, e a Bíblia, uma coleção de honoráveis, porém primitivas lendas que eram no entanto bastante infantis”.

Os souvenirs de Einstein

Em março deste ano, uma grande coleção de documentos pessoais e científicos do físico foi disponibilizada online, graças a um esforço conjunto da Albert Einstein Archives (da Universidade Hebraica de Jerusalém, Israel) e do Einstein Papers Project (do Instituto de Tecnologia da Califórnia, EUA). Entre os arquivos, está um dos três manuscritos originais contendo a famosa equação E = mc².

12 de outubro de 2012

DIA DA CRIANÇA

Mauricio de Sousa

Não há como pensar em DIA DA CRIANÇA sem lembrar de Maurício de Souza...

Mauricio de Sousa nasceu numa cidade no interior de São Paulo, Santa Isabel.

Lia bastante, quando criança, as histórias do Spirit, de Will Eisner, de onde tirou a inspiração para escrever histórias em quadrinhos.

Aos 12 anos criou seu primeiro personagem, o Capitão Picolé, muito parecido com o atual dinossaurinho verde Horácio, porém sem cores e com uma capa.

Aos 18 fazia miniestórias e entregava para os colegas da escola, onde esses colegas eram os próprios personagens.

Em 1959, Mauricio teve sua grande oportunidade quando o caderno de variedades da “Folha da Manhã” encomendou ao desenhista uma tira semanal. Inspirado por sua infância, Mauricio desenvolveu um tema simples, com pequenas situações envolvendo um menino e seu cachorro. O cachorro foi baseado em Cuíca, um pequeno Schnauzer que Mauricio teve quando garoto. Já o dono do cachorro tinha um pouco do próprio autor e também características de um dos sobrinhos de Mauricio. Era a primeira vez que ele usava um parente como inspiração, prática que se tornaria comum nos anos seguintes. Ao contrário de outras tiras, as histórias eram na vertical e não apresentavam textos. 

Tanto a tira quanto seus personagens não tinham sequer um nome, situação que se estendeu por meses, até Mauricio fazer uma enquete com seus companheiros de jornal. O cãozinho foi chamado de Bidu e o garoto de Franjinha. Bidu, a princípio, era branco (já que a tira era em preto e branco) e só quando veio sua revista, que durou apenas oito números, ganhou sua famosa pelagem azul.

Bidu ganhou revista própria em 1960, pela editora Continental, editada por Jayme Cortez. Mas Mauricio teve que abandonar o projeto porque fazia tudo sozinho e ainda trabalhava como repórter. 

Em 1963, Mauricio participou ativamente da criação do suplemento infantil “Folhinha de S. Paulo”, e dois anos depois lançou pela F.T.D. alguns livros infantis com personagens como Astronauta e Piteco. Nessa época, o autor tinha um pequeno estúdio em Mogi das Cruzes: o Bidulandia Serv. de Imprensa. Mas o pequeno estúdio não dava conta do trabalho, que crescia cada vez mais. Para dar conta das futuras demandas, o desenhista criou uma distribuidora, a Mauricio de Sousa Produções, em janeiro de 1966. Quando Mauricio voltou às bancas, em 1970, pela Editora Abril, já estava preparado. Ele já tinha montado uma equipe para ajudá-lo. E com a inclusão de outros roteiristas, desenhistas e arte-finalistas, o estilo dos primeiros números e das velhas tiras de jornal começou a mudar. 

Personagens criados por Mauricio de Sousa (113)

Mônica  n° 31 - AbrilTurma da Mônica Coleção Histórica - Cebolinha  n° 16 - PaniniBidu 1 (Fac-Símile)  n° 1 - Panini

  • Alvinho (Olimpo)
  • Aninha
  • Anjinho
  • Astronauta (Pereira )
  • Bernardão
  • Bidu
  • Boa Bola
  • Bolota
  • Cafuné
  • Capitão Feio
  • Capitão Picolé
  • Carminha Frufru
  • Cascão (Cascão Alvo Araújo)
  • Cebolinha (Cebola Menezes Cebolácio)
  • Chico Bento
  • Coelho Amadeu
  • Coelho Caolho
  • Cranicola
  • Diabão
  • Ditão
  • do Contra
  • Dona Cebola
  • Dona Coelha
  • Dona Cotinha (Mãe do Chico Bento)
  • Dona Elza (Mãe do Franjinha)
  • Dona Marocas
  • Dona Morte
  • Dona Pedra
  • Dorinha
  • Doutor Frankstóim
  • Doutor Olimpo
  • Dudu
  • Flávio
  • Floquinho
  • Franjinha
  • Frank
  • Giserda, A Galinha (Giselda )
  • Hiro
  • Horácio
  • Humberto
  • Jeremias
  • Jotalhão
  • Lobi (Lupi )
  • Luca
  • Luís Caxeiro
  • Magali
  • Manezinho
  • Mano (Marcio de Sousa)
  • Maria Cascuda
  • Maria Cebolinha
  • Marina
  • Massaro
  • Mico Lino
  • Mingão
  • Mingau
  • Monão
  • Mônica (Mônica Sousa)
  • Monicão
  • Muminho
  • Nhô Bento (Pai do Chico Bento) (José Bento)
  • Nhô Lau
  • Nico Demo
  • Nimbus
  • Niquinho
  • Ogra
  • Pajé
  • Papa-Capim
  • Papãozinho
  • Pedrosa
  • Penadinho
  • Pipa
  • Piteco
  • Primo (Zeca Bento)
  • Raposão
  • Rei Leonino
  • Rita Najura
  • Ritinha
  • Rolo
  • Rosinha
  • Sansão, O Coelhinho de Pelúcia
  • Sereia do Rio
  • Seu Cebola
  • Seu Juca
  • Sousa
  • Tarugo
  • Tecodonte
  • Teveluisão
  • Thuga
  • Tico, O Menino de Borracha
  • Tina
  • Tio Glunc
  • Tio Tenório
  • Titi
  • Toneco
  • Turma da Mata
  • Turma da Mônica
  • Turma da Tina
  • Turma do Bidu
  • Turma do Chico Bento
  • Turma do Penadinho
  • Turma do Piteco
  • Vartolo
  • Vovoca
  • Xaveco
  • Zé Caveira
  • Zé Cremadinho
  • Zé da Roça
  • Zé Lelé
  • Zé Luís
  • Zé Munheca
  • Zé Vampir
  • Zecão
  • Zum e Bum


  • (FONTE: http://www.guiadosquadrinhos.com/artistabio.aspx?cod_art=1172 )