27 de setembro de 2012


                        "Elas pintam...Elas pensam!"
 Na  revista  CARAS
Amigos, olhem só eu toda "pirlimpimposa" na revista CARAS, com as colegas que participaram comigo do livro "ELAS PINTAM... ELAS PENSAM"!!! 

ÊBAAAA!!!!! Trés chic!!!! Confiram na revista CARAS, edição 986... (mesmo de salto, sou a mais baixinha. Aff!!Rs*)

Bjs

Sandra

24 de setembro de 2012


O jogo do anjo (Carlos Ruiz Zafón)

“A pessoa que a gente pensa que vê nada mais é que um personagem oco, e a verdade se esconde sempre na ficção”.
Até que ponto ficção e realidade podem confundir-se na vida de um autor? Essa pergunta sempre me intrigou de certa forma. Jorge Amado costumava dizer que “um escritor de verdade é aquele que escreve sobre o que viveu”, e de fato muitos escrevem sobre suas próprias cidades e transmitem a seus personagens traços de sua personalidade. Mas também há aqueles que se sacrificam, ou não, por sua obra. James Ellroy já admitiu que não tem celular e televisão para manter vivo a Los Angeles descrita em seus livros, e eu confesso que gostaria de saber o que outros escritores seriam capazes de fazer para dar mais realidade às suas obras.
Essa confusão entre ficção e realidade é vivida por David Martín, protagonista do livro O jogo do anjo, escrito por Carlos Ruiz Zafón e publicado pela Suma de Letras. Ele é um escritor fracassado, cujos únicos sucessos foram alcançados com pseudônimos ou então como um ghost writeranônimo do amigo Pedro Vidal. A vida do autor muda a partir do encontro com um estranho editor chamado Andreas Corelli, que lhe paga adiantado uma alta quantia em dinheiro pela encomenda de um livro de caráter religioso. Tal fato transforma a vida de Martín, e o coloca em uma rede de intrigas e mistérios desenfreados que o levam a um jogo perigoso e envolvente.
O ponto de partida é a casa onde ele mora, um antigo casarão repleto de mistérios dos antigos moradores: Diego Malarsca e Irene Sabino. A curiosidade de David é aguçada quando ele lê o livro de Diego, de teor muito similar ao que ele próprio está escrevendo. As similaridades entre a vida de ambos vão aumentando conforme ele descobre mais aspectos da morte do antigo morador, e que de alguma forma repetem-se em sua própria vida e vão enlouquecendo-no.
Não é novidade a maestria que Zafón tem para criar histórias de mistério e conduzir o leitor de maneira alucinante pela narrativa, fato marcante nesta obra que faz parte da tetralogia que contém ainda os livros A sombra do vento e O prisioneiro do céu – já publicados. Mesmo sem seguir uma cronologia, o que permite que eles sejam lidos separadamente, alguns cenários e personagens reaparecem neste livro, remetendo as outras duas obras. Assim encontramos a livraria dos Sempere, o Cemitério dos livros esquecidos e a hostil Barcelona do começo do século XX.
Além do mistério, há também amizades cativantes e uma história de amor proibido. Curiosamente esses mesmos dois aspectos também aparecem em A sombra do vento, na relação entre Daniel e Fermín e no amor entre Daniel e Bea. Em O jogo do anjo a amizade dá-se entre David e Isabella, o que rende ótimos diálogos irônicos e deliciosos entre os dois personagens. No campo amoroso, David e Cristina vivem um romance proibido, já que ela está casada com um amigo do protagonista.
Apesar das similaridades, é a finalização que marca a diferença, não apenas no desfecho da amizade entre David e Isabella e do amor entre ele e Cristina – que são chocantes -, mas no encerramento do romance. Fato esse que gera certa estranheza de alguns fãs do escritor, exatamente por criar muitas interpretações ao invés de um final único e imutável.
Particularmente eu gostei da finalização da trama, que cria a dúvida e gera muitas discussões por parte dos leitores que tentam entender se de fato o que aconteceu com David Martín foi fruto de uma alucinação ou sua própria ficção que se confundiu com a realidade. Óbvio que nem todos os “zafonadictos” – fãs de Zafón – ficaram satisfeitos, e alguns criaram sua própria lógica para o final, o que não deixa de ser curioso.
Confesso que essa multipolaridade do final ganhou pontos comigo. Durante a leitura do romance é inevitável não ficar preso à maestria narrativa de Zafón, mas em muitos aspectos o livro lembrava muito A sombra do vento, e a falta de novidades começou a soar-me cansativo. As mudanças foram bem-vindas, mostram um Zafón menos tímido, mais mórbido e ousado. Pena que tais aspectos não se repetiram em O prisioneiro do céu, mas esperamos que o melhor do escritor ainda esteja por vir na obra que conclua a tetralogia.
O jogo do anjo
Autor: Carlos Ruiz Zafón
Tradutora: Eliana Aguiar

17 de setembro de 2012

Johann Wolfgang von Goethe

Goethe!

Ontem assisti o filme que conta a história do famoso escritor alemão Goethe e simplesmente adorei! Com belíssima fotografia, o filme retrata de forma magistral as cidades alemãs de Frankfurt, Leipzig, Wetzlar e arredores, em meados do seculo 18, e mostra a fase mais marcante e crucial da carreira desse escritor, cuja importante obra  é admirada e exerce grande influencia  na Literatura, no Cinema e no teatro até os dias de hoje. Vale a pena ver...!

O jovem Johann Wolfgang von Goethe viveu o início de sua carreira sob influência direta do pai, que o obrigou a iniciar os estudos na Faculdade de Direito de Leipzig em 1765 e, posteriormente, a se mudar para Wetzlar para trabalhar na sede da corte da justiça imperial. Viagem que mudaria sua vida, pois Goethe acaba se apaixonando por Lotte (Charlotte Buff), noiva de seu colega Johann Christian Kestner. O caso de amor entre eles gerou tamanho escândalo que Goethe se viu forçado a sair de Wetzlar. Cerca de um ano e meio após o ocorrido, precisamente em 1774, Goethe publica Die Leiden des Jungen Werther (Os Sofrimentos do Jovem Werther), obra que o lançaria para fama como escritor, além de se tornar responsável por uma onda de suicídios na Europa, devido a profundidade dos sentimentos nas palavras de Goethe. 
O filme é dirigido por Philipp Stölzl, que co-roteirizou o longa ao lado de Alexander Dydyna e Christoph Müller. Alexander Fehling (Bastardos Inglórios) interpreta Johann Wolfgang Goethe, Miriam Stein interpreta Lotte Buff e Moritz Bleibtreu (O Grupo Baader Meinhof) interpreta Albert Kestner.