22 de novembro de 2012

SOBRE LITERATURA...



Livros de Romance

Muitas vezes somos inquiridos sobre as definições e natureza de gêneros literários, em especial por aqueles que pretendem participar de Concursos Literários. Buscando desfazer  possíveis duvidas acerca desse assunto, explicarei de forma resumida o que vem a ser CONTO, CRONICA, SONETO e POESIA.

CONTO é uma narrativa curta que apresenta os mesmos elementos de um romance: narrador, personagens, enredo, espaço e tempo. Diferencia-se do romance pela sua concisão, linearidade e unidade: o conto deve construir uma história focada em um conflito básico e apresentar o desenvolvimento e resolução desse conflito.

CRONICA é um gênero literário que, a princípio, era um "relato cronológico dos fatos sucedidos em qualquer lugar", isto é, uma narração de episódios históricos. Era a chamada "crônica histórica" (como a medieval). Essa relação de tempo e memória está relacionada com a própria origem grega da palavra, Chronos, que significa tempo. Portanto, a crônica, desde sua origem, é um "relato em permanente relação com o tempo, de onde tira, como memória escrita, sua matéria principal, o que fica do vivido"

SONETO é uma forma de poesia perfeita.É uma composição poética de 14 versos, divididos  em quatro estrofes e dois tercetos.Nas quadras temos os versos rimados na seguinte forma: A(primeiro),B(segundo),A(terceiro) e B(quarto),ou seja  ABBA ou AABB.Entre dois tercetos as rimas podem ser AAB,CCB,ABC,ABA e BAB ,etc.Pode-se compor um soneto com qualquer número de sílabas. Simplificando, Soneto é um poema com 2 estrofes de 4 versos e 2 estrofes de 3 versos. Um exemplo:

SONETO LXXXVIII

Quando me tratas mau e, desprezado,
Sinto que o meu valor vês com desdém,
Lutando contra mim, fico a teu lado
E, inda perjuro, provo que és um bem.

Conhecendo melhor meus próprios erros,
A te apoiar te ponho a par da história
De ocultas faltas, onde estou enfermo;
Então, ao me perder, tens toda a glória.

Mas lucro também tiro desse ofício:
Curvando sobre ti amor tamanho
Mal que me faço me traz benefício.

Pois o que ganhas duas vezes ganho.
Assim é o meu amor e a ti o reporto:
Por ti todas as culpas eu suporto


A palavra "POESIA" tem origem grega e significa "criação". É definida como a arte de escrever em versos, com o poder de modificar a realidade, segundo a percepção do artista.

Antigamente, os poemas eram cantados, acompanhados pela lira, um instrumento musical muito comum na Grécia antiga. Por isso, diz-se que a poesia pertence ao gênero lírico. Hoje, os poemas podem ser divididos em quatro gêneros: épico, didático, dramático e lírico.

As linhas de um poema são os versos. O conjunto desses versos chama-se "estrofe". Os versos podem rimar entre si e obedecer à determinada métrica, que é a contagem das sílabas poéticas de um verso. Os versos mais tradicionais são as redondilhas; a redondilha menor tem cinco sílabas, e a maior com sete; os versos decassílabos, dez; os alexandrinos, doze.

A rima é um recurso que confere musicalidade aos versos, baseando-se na semelhança sonora das palavras do final ou, às vezes, do interior dos versos. Rima, ritmo e métrica são características especiais de um poema e que podem variar, dependendo do movimento literário da época.

No Brasil, os primeiros poemas surgiram junto com o seu descobrimento, pois os jesuítas usavam versos para catequizar os índios.

Depois, surgiram outras formas de poesia, como o barroco (1601-1768), o arcadismo (1768-1836), o romantismo (1836-1870), o parnasianismo (1880-1893), o simbolismo (1893-1902), o pré- modernismo (1902-1922), o Modernismo (1922-1962), até a forma de hoje.

Qualquer duvida sobre Literatura, dentro de minhas possibilidades, terei imenso prazer em esclarecer

Abraços a todos.

Sandra Hasmann

15 de novembro de 2012

Jornalista lança livro “Memória Cabocla” com apoio da LIC



A jornalista e escritora Dinamara Osses lançou no  sábado, 10/novembro, no Museu de Antropologia do Vale do Paraíba, o livro Memória Cabocla – beneficiado pela LIC (Lei de Incentivo à Cultura).

 Memória Cabocla é o segundo livro, apoiado pela LIC, lançado por Dinamara Osses, que também é membro da Academia Jacarehyense de Letras.

A proposta da autora é revelar a Cultura Caipira a partir de um romance experimentado por personagens reais e fictícios. Os fatos ocorrem durante a década de 1950, em meio a um conturbado processo de transição vivido pela personagem principal, ao migrar do meio rural para o urbano.

“Durante a narrativa, elementos peculiares relacionados à religiosidade, à musicalidade, à dança, ao modo de se vestir, à gastronomia, irão revelar o típico caipira valeparaibano”, comenta a escritora.

Dinamara explica que Memória Cabocla é resultado de relatos fragmentados e pinçados nas reuniões familiares da própria autora que, com base em pesquisas bibliográficas relacionadas ao tema, fez com que a literatura alcançasse um romance com proposta não somente de “rememorização” da cultura caipira. “Mas também de um período da história em que as cidades do interior eram embaladas pelos sons dos alto-falantes na praça, dos programas de rádio, do trem cortando o centro da cidade, do comércio silenciando, cerrando suas portas, em respeito ao cortejo fúnebre que passava”, revela.

(FONTE: Secretaria de Comunicação Social - http://www.fundacaocultural.com.br)

12 de novembro de 2012

MIRAGEM..

AntonEinsle
MIRAGEM
Eu no espelho: atentas, nós duas
nos observamos para além da imagem.
Estendemos a mão, tocamos esse pó de gelo,
sabendo:
se eu mergulhar daqui, e do seu lado, ela,
vão se fundir num sopro nossos rostos,
todos os meus sonhos e os anseios dela.
Mas nenhuma se atreve. Continuamos
sozinhas nesse mundo de reflexos,
eu e ela incompletas, nuas
e sós. 
Lia Luft
Pintura: Anton Einsle

5 de novembro de 2012

O APITO DA MEMÓRIA



Estive no dia 20 p.p. em Sorocaba, no lançamento do livro O APITO DA MEMÓRIA, do  escritor Jorge Facury, professor de História e homem de Letras dos mais talentosos desse país. Transcrevo abaixo texto de agradecimento escrito por ele num periódico local:



Jorge Facury


"Na noite de sábado, dia 20 passado, mais um livro nasceu em Sorocaba, com lançamento no auditório do Instituto Histórico Geográfico e Genealógico de Sorocaba (Casa de Aluísio de Almeida).  O Apito da Memória, feito de 23 histórias narradas por populares, teve apoio da Lei de Incentivo a Cultura e constitui um resgate de memórias pessoais, compondo o que se costuma chamar literatura oral. Toda ação positiva, contudo, só acontece com a conjugação de forças, portanto desejo agradecer aqui à senhora Solange Helena Marques de Lima do IHGGs, que desde o princípio dispensou toda atenção e receptividade à organização; também ao senhor Valter Idargo, escritor e membro daquela nobre casa, que acompanhou o lançamento dando valioso apoio técnico; à professora Fátima Vieira, umas das personagens do livro, pela admirável decoração que fez graciosamente; à educadora e Mestre Durce Gonçalves Sanches que compareceu representando a Academia Ituana de letras; à escritora Sandra Hasmann, que nos prestigiou representando a Academia Jacarehyense de Letras; ao Professor João Alvarenga, prefaciador do livro; ao sempre apoiador Carlos Ruís da Letrasign e demais amigos, que apoiaram de algum  modo para que tudo saísse a contento. E, claro, ao contadores das histórias, sem os quais  não haveria o fruto literário, que é a razão de tudo, o meu muito obrigado".                          
                                                                  Jorge Facury – autor





2 de novembro de 2012

Livro - Cigarros Que a Gente Fuma de Madrugada

"Reencontrei Cristina Nicolotti  em meados de 2004, quando eu participava semanalmente do programa de Marisa Carnicelli na Radio Record de SP. Ela era a convidada daquele dia e eu a entrevistei junto com Marisa. 

De imediato senti imensa empatia por aquela mulher mignon que eu conhecera em outra ocasião, mas, de forma breve, de cabelos curtinhos, dona de uma inteligencia "viva", de um carisma extraordinário e de uma franqueza radiante e jovial, pela qual anos antes havia sido entrevistada  qdo ela apresentava o programa de variedades  CASA SÃO PAULO na Rede Mulher. . Confesso que me vi um pouco nela e desde então nos tornamos amigas, compartilhando, mesmo que na maioria das vezes à distancia, através de emails ou telefonemas, coisas da bagagem, papos sobre filhos, maridos, trabalho, vida, Deus... E no decorrer desses anos pude aprender muito com a garra, a determinação e a alma linda de Cris Nicolotti. 


Agora Cris nos brinda com esse livro forte e ao mesmo tempo encantador, no qual nos identificamos de imediato pelo conteúdo humano pleno de reais significados, razão pela qual convido todos vocês a lerem OS CIGARROS QUE A GENTE FUMA DE MADRUGADA NA MESA DA COZINHA...   


Poder dizer que sou sua amiga, mais do que uma honra, é um privilégio. Conheçam um pouco mais sobre essa grande atriz e comunicadora clicando aqui : http://pt.wikipedia.org/wiki/Cris_Nicolotti  " 

                                                        - Sandra Hasmann -

Cris Nicolotti é Catarina em “Tapas & beijos” 




"Os cigarros que a gente fuma de madrugada na mesa da cozinha" é um texto da Cris que nasceu há mais de 20 anos na finalidade de ser teatro. Sua real função, segundo a própria Cris, era ser "coisas que todos nós pensamos, mas nunca vamos dizer". 

Uma espécie de  "nosso secreto". O de todos nós. Sem rodeios, sem delicadeza, sem o menor pudor. Mas como dizer aquilo que não é dito? Como colocar sobre o palco o silêncio destes personagens? - é o que a autora perguntava-se no processo criador. 

O que houve, foi que o texto saiu e passou por tantas mãos, teve tantos elogios e provocou tantas emoções que a autora resolveu tirá-lo da condenação da "gaveta para sempre" e dividi-lo com os amigos e leitores. Como ela insiste em dizer: "É doce, é cruel, é verídico. É o que jamais diríamos. Mas agora dito está. "

A obra são textos que podem ser poemas, pensamentos, sobretudo crônicas; na realidade são escritos advindos da alma de artista que Cris possui.