
Criei esse blog para ser um ponto de encontro entre os literatos de Jacareí e região. Esse espaço está aberto as pessoas dos mais diversos segmentos como: escritores, artistas plásticos, fotógrafos, atores, enfim todos que usem seus dons como ferramentas para a construção de um mundo melhor em todos os sentidos, comprometidas com uma real expansão cultural, plena em respeito, dignidade, Paz e amor incondicional ao próximo e a Mãe Terra. SEJAM TODOS BEM VINDOS AO SARAU!!!!
25 de março de 2014
GOSTO DE LUZ...
(Sandra Hasmann)
Gosto
de Luz, como a dos olhos inocentes de uma criança, a iluminar seus caminhos e a
todos que com eles sejam olhados...
Gosto das explosões de Luz no tilintar de
uma fogueira, a despertar em mim o calor ancestral dos meus bisavós ciganos...
Gosto da Luz do clarão da Lua a inspirar-me nos momentos de solidão e magia, ou
até mesmo numa réstia de sol a iluminar meus cabelos diante de uma vidraça...
Gosto de gente Luz, que clareia e ilumina a vida e a alma de todos os que
cruzam seus caminhos...
Gosto de Luz, porque, acima de tudo, ela ilumina as
trevas da ignorância, do desamor, dos maus instintos, da desumanidade...
Gosto
de Luz pq Deus é Luz, e eu gosto de Deus...
20 de março de 2014
OUTONO...
"O Outono é um caminhante melancólico e gracioso que prepara admiravelmente o solene adágio do inverno."
- George Sand -
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- George Sand -
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CANÇÃO DE OUTONO
- Mario Quintana -
O outono toca realejo
No pátio da minha vida.
Velha canção, sempre a mesma,
Sob a vidraça descida…
Tristeza? Encanto? Desejo?
Como é possível sabê-lo?
Um gozo incerto e dorido
De carícia a contrapelo…
Partir, ó alma, que dizes?
Colher as horas, em suma…
Mas os caminhos do Outono
Vão dar em parte nenhuma!
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Crepúsculo de Outono

Dir-se-á que o rio chora a prisão de seu leito…
As grandes mãos da sombra evangélicas pensam
As feridas que a vida abriu em cada peito.
O outono amarelece e despoja os lariços.
Um corvo passa e grasna, e deixa esparso no ar
O terror augural de encantos e feitiços.
As flores morrem. Toda a relva entra a murchar.
Um corvo passa e grasna, e deixa esparso no ar
O terror augural de encantos e feitiços.
As flores morrem. Toda a relva entra a murchar.
Os pinheiros porém viçam, e serão breve
Todo o verde que a vista espairecendo vejas,
Mais negros sobre a alvura unânime da neve,
Altos e espirituais como flechas de igrejas.
Todo o verde que a vista espairecendo vejas,
Mais negros sobre a alvura unânime da neve,
Altos e espirituais como flechas de igrejas.
Um sino plange. A sua voz ritma o murmúrio
Do rio, e isso parece a voz da solidão.
E essa voz enche o vale…o horizonte purpúreo…
Consoladora como um divino perdão.
Do rio, e isso parece a voz da solidão.
E essa voz enche o vale…o horizonte purpúreo…
Consoladora como um divino perdão.
O sol fundiu a neve. A folhagem vermelha
Reponta. Apenas há, nos barrancos retortos,
Flocos, que a luz do poente extática semelha
A um rebanho infeliz de cordeirinhos mortos.
Reponta. Apenas há, nos barrancos retortos,
Flocos, que a luz do poente extática semelha
A um rebanho infeliz de cordeirinhos mortos.
A sombra casa os sons numa grave harmonia.
E tamanha esperança e uma tão grande paz
Avultam do clarão que cinge a serrania,
Como se houvesse aurora e o mar cantando atrás.
E tamanha esperança e uma tão grande paz
Avultam do clarão que cinge a serrania,
Como se houvesse aurora e o mar cantando atrás.
Manoel Bandeira
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Poema de Outono

Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser… sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que continues me olhando.
Pablo Neruda
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